Republicações especiais de tiras que se complementam.
quinta-feira, 30 de abril de 2015
sábado, 25 de abril de 2015
Encontros Casuais
P.S.: A esta altura, todos sabem que é Juvenal, o Velho Hippie, Apresenta, não é? Divirtam-se e até breve!
segunda-feira, 20 de abril de 2015
O Tabu do Passado (ou A Confissão de Um Alterador da História)
O
Tabu do Passado
(ou
A Confissão de Um Alterador da História)
Conto de Rodrigo
Rosas Campos
A
polícia é chamada para entrar num apartamento em que o morador não
dá sinal de vida há muito tempo. Entrando lá encontram um suicida
e sua carta. A carta diz:
“Muitos
negam a possibilidade de se viajar para o passado e mudá-lo. Mas
tudo o que pode ser imaginado, pode ser feito, nem lembro quem falou
isso originalmente, mas isso pouco importa agora. Tendo em vista o
mundo que nos cerca, parece ser verdade. Nada garante que vivemos a
história que deveríamos viver. Bem verdade que, para a maioria das
pessoas isso não faz a menor diferença. Não pela insignificância
delas, não me entendam mal, mas pela real indiferença mesmo. A
maioria das pessoas está confortável e não questiona esse
conforto. A maioria se acomoda até com as piores condições. A
grande ironia é que o viajante que altera a história cria uma
história que nunca precisou ser alterada. O tempo se auto regula e o
ato do viajante vira um sonho do mesmo, como se o viajante nada
tivesse feito de verdade para que o tempo corresse diferente. O que
isso quer dizer? Que o sujeito que altera a história não tem como
provar que foi o responsável por isso e que a história verdadeira
seria outra, o sonho que ele teve e do qual acordou. Se ele tentar
provar a verdade será tachado de louco delirante. O erro de
acreditar que o sonho do viajante é o que ele gostaria realmente,
está no fato de que ninguém alteraria uma situação agradável.
Quem muda a história não gosta da história que estava vivendo. O
problema é que mudar a história não garante o desenrolar desejado
pelo viajante. Quer impedir a chegada de um ditador ao poder? Corre o
risco de abrir as portas do poder a alguém bem pior. Quer impedir a
infelicidade de alguém? Esteja disposto a sacrificar sua própria
felicidade. Mas os viajantes do tempo não pensam nisso ao alterarem
o passado. Toda essa realidade vira fantasia diante do poder
regulador do tempo e da eternidade. Nos julgamos plenamente livres,
mas a liberdade plena seria saber tudo com antecedência e escolher
exatamente o que gostaríamos que acontecesse. Como o ator de teatro
famoso que escolhe a peça e o papel exato que interpretará, mas nem
ele pode prever se a montagem terá sucesso de crítica ou de
público. Quem sou eu? Um sonhador sem nome. Quer dizer, eu tenho um
nome, mas não direi nessa carta. Afinal, minha verdade é só um
sonho para vocês. Já vou ser considerado louco por não poder
provar a verdade que afirmo. Mas não se preocupem, para a maioria de
vocês, nada disso fará diferença.
18/04/2015.”
O
policial relê a carta do suicida várias vezes. Se perguntando como
os loucos podem acreditar em suas loucuras e por que alguém se
mataria sem assinar a carta e sem documentos, para dificultar a
própria identificação: “Se não tivesse vendo as evidências por
mim mesmo, acreditaria que ele foi assassinado e quiseram fazer
parecer um suicídio.”. Um coquetel de calmante e veneno para que
dormisse antes de morrer. Não é qualquer um que produz isso.
É
claro que o suicida foi identificado, com o tempo e as investigações,
sua identidade foi oficialmente confirmada. Mas o fato nem saiu nos
jornais. Entrou nas estatísticas e não fez diferença para ninguém.
©
Rodrigo Rosas Campos, 2015.
sexta-feira, 17 de abril de 2015
sexta-feira, 10 de abril de 2015
[Resenha] Kamaleon: Um Mundo de Cores Kamaleônicas
No
livro Kamaleon, Camila B. Monteiro pinta um mundo paralelo ao nosso,
onde os personagens, lampys, trocam suas cores e as do mundo ao redor
de acordo com o estado emocional e a maturidade: uma brilhante
metáfora sobre as mudanças da vida e do humor das pessoas em
relação a essas mudanças.
A
história foca num ritual de passagem, onde todos os jovens lutam
para serem o escolhido (ou a escolhida) que fixará as novas cores
predominantes da nova era de Kamaleon. Esse torneio, na verdade, é
decidido pelos conselheiros que acompanham de perto a vida dos
participantes e elegem o eleito por votação.
Em
meio a tudo isso, Lilly Prans é eleita a nova escolhida por sua
capacidade além do normal de colorir o mundo ao redor. O que ela não
sabe é que sua vida está ligada a segredos envolvendo o passado
obscuro de Kamaleon e que a missão que a aguarda é bem maior do que
simplesmente definir as novas cores predominantes de seu mundo.
Questões
psicológicas, morais, éticas são abordadas num contexto leve de
pura fantasia e magia em um novo universo dentro de um multiverso da
melhor tradição da ficção científica inglesa com o tempero de
nossa atual linguagem jovem. Tudo isso são só algumas das muitas
referências que um leitor experiente consegue identificar em apenas
128 páginas.
Camila
B. Monteiro traça um mosaico aquarelado harmônico e divertido. É
como estar dentro de um caleidoscópio ou de um fractal. Sem dúvida
um livro que será distinto para cada leitor, agradando a cada um de
maneira diversa. Crianças se sentirão dentro de um jogo de Tetris.
Leitores mais cinzas verão que a leveza do texto apresenta temas
importantes e fundamentais para que as crianças possam entender e
começar a refletir. É sem dúvida, uma bela história sobre perdão
e redenção.
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