Bom pessoal, obrigado a todos que vieram até aqui. As tiras só voltam em fevereiro, mas deve ter algo saindo em janeiro ainda, se tudo der certo.
Obrigado novamente, beijos, abraços, boas entradas e um próspero 2017!
Rodrigo Rosas Campos.
quinta-feira, 29 de dezembro de 2016
terça-feira, 13 de dezembro de 2016
domingo, 11 de dezembro de 2016
sábado, 10 de dezembro de 2016
Dose Dupla de Resenhas: Tom Strong volumes 2 e 3
O Multiverso de Alan Moore: Tom
Strong vol. 2 sai Pela Panini
Alan Moore, personagens
próprios, histórias completas, multiverso e os personagens
esquecidos da Nedor Comics garantem a liberdade criativa para boas
histórias de super-heróis para todos os públicos. E esses
ingredientes funcionam perfeitamente no segundo volume de Tom Strong
pela Panini.
Na série Tom Strong, Alan Moore
faz uma homenagem aos heróis pulp. As histórias são fechadas, não
há a necessidade de leituras prévias, mas, se o leitor quiser,
saiba que, o primeiro encadernado também já foi lançado pela
Panini. Lembrando que as referências existem, mas não estão lá
para confundir ou espantar novos leitores, e sim para alegrar os mais
antigos. Referência bem-feita não é pré-requisito para a
compreensão do contexto, só os melhores escritores - de livros ou
quadrinhos - sabem fazer referências bem, principalmente com o uso
de bons diálogos. Alan Moore escreve quadrinhos e livros, e é o
melhor no que faz.
Para se ter uma ideia do que
quero dizer, este encadernado reúne 7 edições originais, os
números 8 ao 14, de Tom Strong, somente uma história foi dividida
em duas edições originais.
Usando o multiverso no contexto
de Tom Strong, Moore mostra como um mesmo personagem pode funcionar
para públicos de diferentes idades, gostos e expectativas. Como a
edição se trata de um encadernado, a classificação etária sobe
para 18 anos. Se a Panini resolvesse publicar o material no formato
americano original mensal, muitas destas histórias poderiam ser
lidas por crianças. A maior parte dessa série foi pensada para
crianças, inclusive. Isso fica bem explícito pelos fãs de Tom.
Fica a dica.
Tom Strong se passa num mundo
alternativo aonde o surgimento desse super-herói modifica
positivamente a realidade, origem contada no primeiro encadernado.
Este novo volume se incia com
uma edição original (a 8) com duas histórias completas, isso
mesmo, duas histórias completas em 24 páginas. Nestas, dois povos
perdidos são apresentados ao público. Tradição resgatada dos
pulps e da ficção científica.
Vejamos algumas outras tramas do
encadernado:
Outra história mostra mais um
pouco do passado da família Strong e uma aventura solo de Tesla.
São, na verdade, 3 histórias. Na trama que aparece na capa da
revista original vemos Tom Strong diante de um alienígena que está
preso na Terra.
Outro dos capítulos do volume
também traz, na verdade, três histórias curtas. É aqui que o
multiverso de Tom Strong começa a ser apresentado melhor para os
leitores, já havia menções ao multiverso nas edições do primeiro
encadernado. Mas é neste novo volume que o conceito ganha
importância a ponto de várias versões alternativas de um único
vilão se reunirem para destruir o herói.
A Terra Obscura é mostrada para
o leitor. Nesta parte, Moore resgata os super-heróis da Nedor que
caíram em domínio público nos EUA. Neste momento, meus dedos
coçam, e eu resisto. Não escreverei mais nada sobre as tramas deste
encadernado, quero que os leitores tenham as mesmas surpresas que eu
tive.
A série Tom Strong foi
publicada originalmente nos EUA a partir de 1999, pela America's Best
Comics, e, desde 2013, está no selo Vertigo da DC, para a tristeza
de Moore, vide a podosfera de quadrinhos.
Anteriormente, este encadernado
e o primeiro foram publicados, no Brasil, pela Devir, que,
infelizmente, não passou do segundo volume. Esperemos sucesso a
iniciativa da Panini, que eles completem a série Tom Strong e tragam
também as histórias específicas da Terra Obscura bem como os
demais derivados, spin-offs,
da série, que incluem mais aventuras solos de Tesla Strong.
O preço é barato para um
encadernado, R$27,90. Mas, se não está fácil para ninguém, faça
a opção inteligente de parar com as mensais e guarde suas economias
para o que realmente vale a pena guardar: encadernados ou histórias
fechadas de autores e desenhistas que, independentemente dos
personagens usados, fazem valer seu dinheiro em boas histórias.
Os muitos artistas convidados
por Moore e Sprouse (o artista original e cocriador de Strong) são
um deleite para novos e velhos leitores. Paul Chadwich é o mais
conhecido por aqui pela série Concreto.
Este segundo encadernado traz os
extras de praxe, capas originais e esboços dos artistas, mas peca em
não trazer um texto em prosa.
E para os que caíram aqui de
paraquedas, Alan Moore é o autor de Watchmen, V de Vingança, Do
Inferno, A Voz do Fogo, Liga Extraordinária, Lost Girls etc.
Boas leituras!
Rodrigo Rosas Campos
Tags: quadrinhos, super-heróis,
heróis pulp, multiverso, Alan Moore.
Tom Strong vol. 3 sai Pela Panini
Alan Moore, personagens próprios
e histórias completas garantem, mais uma vez, a liberdade criativa
para boas histórias de super-heróis para todos os públicos. E
esses ingredientes funcionam perfeitamente no terceiro volume de Tom
Strong pela Panini.
Na série Tom Strong, Alan Moore
faz uma homenagem aos heróis pulp. As histórias são fechadas.
Mesmo neste terceiro volume que traz de volta personagens
apresentados no anterior, a leitura do que veio antes não é
obrigatória. Acredite, experimente e comece pelo volume três. Você
entenderá absolutamente tudo e, se gostar, leia os anteriores. Moore
é mestre em contextualizar o leitor com bons diálogos e isso é
cada vez mais raro.
De todos os encadernados de Tom
Strong pela Panini, este é o menor, com apenas cinco edições
originais. A invasão do título é a maior história da série foi
originalmente publicada em 3 edições.
Moore, novamente, mostra como um
mesmo personagem pode funcionar para públicos de diferentes idades,
gostos e expectativas. Como a edição se trata de um encadernado, a
classificação etária sobe para 18 anos.
Tom Strong se passa num mundo
alternativo aonde o surgimento desse super-herói modifica
positivamente a realidade, origem contada no primeiro encadernado.
Bem verdade que essa Invasão já
havia sido publicada no Brasil em editoras que não mais existem,
depois que a Devir parou de publicar o material. Só nos resta torcer
para o sucesso da iniciativa da Panini, que eles completem a série
Tom Strong e tragam também as histórias específicas da Terra
Obscura.
O preço é barato para um
encadernado, R$23,90. Mas, se não está fácil para ninguém, faça
a opção inteligente de parar com as mensais e guarde suas economias
para o que realmente vale a pena guardar: encadernados ou histórias
fechadas de autores e desenhistas que, independentemente dos
personagens usados, fazem valer seu dinheiro em boas histórias.
Dentre os artistas convidados, o
destaque maior vai para Howard Chaykin. Este segundo encadernado traz
os extras de praxe, capas originais e esboços dos artistas, mas,
novamente, peca em não trazer textos em prosa.
E para os que caíram aqui de
paraquedas, Alan Moore é o autor de Watchmen, V de Vingança, Do
Inferno, A Voz do Fogo, Liga Extraordinária, Lost Girls etc.
Boas leituras!
Rodrigo Rosas Campos
Tags: quadrinhos, super-heróis,
heróis pulp, invasão alienígena, Alan Moore.
segunda-feira, 28 de novembro de 2016
sexta-feira, 25 de novembro de 2016
Agradecimentos de 2016
Agradecimentos
de 2016
Gostaria
de agradecer a todos, meus amigos, leitores e grupos, pelo apoio,
audiência, elogios, sugestões e críticas deste ano que ora
termina. Obrigado a todos e um próspero 2017.
Rodrigo
Rosas Campos
Rio
de Janeiro, 24/11/2016.
quinta-feira, 24 de novembro de 2016
Ressaca do Hallowen 3
Estou antecipando o post de 26/11/2017 com uma tira que foi apresentada em primeira mão no blog Literkaos (https://literakaos.wordpress.com/) na tag Ressaca do Hallowen (https://literakaos.wordpress.com/2016/11/11/tag13ressaca-do-halloween/).
sábado, 19 de novembro de 2016
Garimpando em Gibiterias: Kirby Genesis: Jack Kirby Muito Além do Eixo Marvel/DC
Por Rodrigo Rosas Campos
Depois de recontarem a história
do universo Marvel em Marvels e de criarem seu próprio universo em
Astro City, Alex Ross e Kurt Busiek uniram forças novamente em um
novo projeto: recontar as histórias dos personagens menos conhecidos
de Jack Kirby, aqueles que não foram publicados nem pela Marvel, nem
pela DC ou que, pasmem, ainda estavam inéditos.
Para vocês, que não estavam na
Terra, Jack Kirby é, junto a Joe Simon, o criador do Capitão
América. A dupla saiu da Timely, antecessora da atual Marvel, para
criar outros personagens que não ganharam tanta repercussão, com
destaque para o Fighting American.
Em sua primeira passagem pela
DC, Kirby criou os Desafiadores do Desconhecido e a Patrulha do
Destino, bem como muitos dos personagens pouco conhecidos da editora.
Nos anos 1960, fez a parceria lendária com Stan Lee na criação do
Quarteto Fantástico e de muitos personagens que formam a Marvel como
a conhecemos hoje.
De fato, Kirby só não cocriou
o Homem-Aranha, o Doutor Estranho, o Demolidor e o Homem de Ferro,
embora tenha sido um dos mais emblemáticos desenhistas deste.
De volta para a DC, depois de
uma briga com Stan Lee envolvendo divergências criativas acerca do
Surfista Prateado (mais detalhes no Arg Cast sobre Jack Kirby:
http://www.dinamo.art.br/podcast/136/), criou o Quarto Mundo: Novos
Deuses, Nova Genesis e Apokolips, Pai Celestial, Darkseid e
companhia.
Seus trabalhos para as duas
grandes editoras, atuais DC e Marvel, eram no esquema de “work for
hire”, de modo que nenhum direito autoral ficou com Kirby. Mas não
eram tempos em que exclusividade era exigida.
Em todo esse tempo, foi
freelance em várias editoras e projetos de animação para séries
de desenhos de TV. Quem se lembra de Thundar, Ucla e Ariel? Há muita
colaboração de Kirby nessa e em outras séries.
Na Pacific Comics criou títulos
como Captain Victory e Silver Star. Nesses casos, ficou com os
direitos autorais destas criações, que mudaram de editora ao longo
do tempo até a morte do criador em 1994. Esses títulos e alguns
esboços inéditos encontrados nas coisas do artista foram a base
para a série Kirby Genesis.
Kirby Genesis conta uma nova
história com personagens e conceitos de Jack Kirby. Nesse novo
universo, um desenho de Jack Kirby foi enviado na sonda espacial
Pioneer 10. Alienígenas acham a sonda e vem a Terra. Nesse momento,
muita coisa escondida das pessoas normais como cidades perdidas
enterradas e ilhas fantasmas que surgem e desaparecem nos oceanos vem
a tona.
Uma disputa de oficiais
alienígenas pela captura de criminosos que fogem para a Terra começa
a afetar a vida das pessoas comuns. Nesse momento, a amiga do jovem
Kirby Freeman é possuída por uma deusa mítica, a Cisne da Meia
Noite, e é controlada por um ente misterioso que ajuda os criminosos
alienígenas em fuga a medida em que todos os estranhos fenômenos
começam a se interligar.
No esforço de recuperar sua
amiga, o jovem Kirby deve descobrir o que os alienígenas que
responderam ao chamado da sonda querem de nós, se todos aqueles
fatos, que só vieram a tona com a chegada deles, de fato estavam
escondidos da população normal ou se tudo não passa de uma
alucinação coletiva provocada pelos visitantes.
Kirby Genesis foi publicada nos
EUA pela editora Dynamite, mas não torçam os narizes. Ao contrário
do Projeto Superpowers, em que Ross teve a pior equipe possível para
cuidar da arte interna, dessa vez, eles contrataram um time de
primeira linha para cuidar do interior das edições e honrar o
estilo de Jack Kirby revisitado por Alex Ross.
A arte interna reúne
ilustrações e direção de arte de Alex Ross, ilustrações de Jack
Herbert e as cores brilhantes de Vinicius Andrade. O roteiro ficou
por conta de Kurt Busiek e o argumento foi dividido entre Busiek e
Ross. Fora as capas de Alex Ross e todas as capas alternativas.
Aqui no Brasil, a Mythos
publicou direto em encadernado capa dura em 2014. Bom para
colecionadores, péssimo para novos leitores. O preço é salgado.
Em relação aos encadernados da
Dynamite há aquela carência de extras textuais, não culpem os
editores nacionais. Temos páginas e páginas de desenhos de Ross e
de Kirby, mas pouquíssimas informações sobre as histórias
pregressas dos personagens, tanto de suas origens e motivações na
ficção, quanto da caminhada editorial de seus títulos. Ponto
negativo para a Dynamite. O ponto positivo para a Dynamite foi
colocar a disposição de Ross artistas auxiliares que sabem o que
estão fazendo.
A história de Kirby Genesis é
excelente. Busiek e Ross consolidam suas famas de
criadores/recriadores de universos. Com um número limitado de
personagens, eles inventam uma história completa que remete ao
passado sem exigir leitura prévia e colocam um ponto de partida para
histórias futuras. Esperemos que as continuações, um dia, sejam
publicadas aqui no Brasil.
Boas leituras.
sexta-feira, 18 de novembro de 2016
quinta-feira, 17 de novembro de 2016
Neuromancer: Quando a Simplicidade Sugere a Complexidade
Neuromancer: Quando a
Simplicidade Sugere a Complexidade
Resenha de Rodrigo Rosas Campos
“Wintermute era um cubo
simples de luz branca, cuja própria simplicidade sugeria extrema
complexidade.” (Gibson, 1984, p.144).
A melhor frase para definir
Neuromancer é: nada é mais revolucionário do que o básico bem
executado. E o leitor há de convir que livros que não cumprem o
básico, são chatos. E há campeões de abandono mesmo entre livros
consagrados. Obviamente, não é o caso de Neuromancer. Mas sei que
dizer isso não é suficiente, então vamos lá.
Neuromancer foi escrito por
William Gibson e publicado originalmente nos Estados Unidos em 1984.
Agindo contra minha tendência,
comecei a ler o livro pelas orelhas e contracapa. A edição que li,
da Aleph de 2016, tem uma nota ao leitor dos editores e um prefácio
do próprio William Gibson, que se declara bem modesto.
“O leitor de hoje deve ter em
mente que escrevi Neuromancer absolutamente sem a menor expectativa
de que ele continuaria sendo publicado vinte anos depois.” (Gibson,
p. 15, em prefácio de 2014).
Na primeira orelha do volume da
Aleph, o crítico Cory Doctorow declara: “Neuromancer não previu o
futuro. Neuromancer criou o futuro.”
Eu sei, eu sei. Neuromancer não
é revolucionário só por ser o básico bem executado, mas era só
essa a intenção de Gibson, como pudemos ver na citação acima do
prefácio dele de 2014.
Comecei a ler o livro,
propriamente dito, e o que vi foi um romance meio policial, meio
espionagem com um pano de fundo futurista. Estava achando as críticas
exageradas e concordando com a modéstia do autor até a página 77.
William Gibson sabia do que estava falando. Em pleno 1984, ele já
previu todo o potencial da grande rede mundial de computadores, ainda
não explorado em sua plenitude, bem como todas as possibilidades de
interface homem-máquina via direta, neurônios com circuitos.
A história do livro é a de
Case, um cracker, cowboy do ciberespaço, como o livro nomeia. Ele
rouba seus empregadores, é capturado por eles e nele é aplicada uma
toxina que o impede de se plugar de novo na matrix, rede. Acontece
que, “se plugar na matrix” é mais do que navegar na internet e
muito mais do que usar um simples óculos de VR; é projetar a
própria consciência, convertida em dígitos binários, no
ciberespaço. Estar literalmente dentro dos computadores e dos cabos
da rede como se fôssemos programas sencientes rodando nas máquinas.
Case parte para uma periferia no
Japão, em busca da reversão do efeito da toxina em alguma clínica
clandestina, seu objetivo é poder voltar a se plugar na matrix. Mas
todas as clínicas negras, como são chamadas, alegam que reverter o
efeito da toxina é impossível. Ele se vê obrigado a viver como um
pequeno contrabandista. Rebaixado em suas capacidades e status
social.
A sorte de Case começa a mudar
quando ele conhece Molly, que o leva ao misterioso Armitage. Este é,
aparentemente, um oficial do governo. Ele devolve a Case a capacidade
de se plugar, pois tem acesso a uma tecnologia de ponta ainda
desconhecida da maioria. O Finlandês, outro personagem de passado
obscuro se junta aos dois. Note que as aparências são
constantemente embaralhadas nesta história.
Tudo fica mais estranho quando o
grupo viaja para para o espaço. Na estação espacial particular da
empresa familiar T.A. Case terá que, dentro da matrix, invadir e
destruir os códigos de segurança da Inteligência Artificial
Wintermute, para que esta se torne plenamente consciente e livre.
Como trava de segurança, eles precisam estar na estação para
falar, isso mesmo, falar o código que liberta Wintermute em um
terminal numa sala secreta do lugar. Um comando que não pode ser
dado de dentro da matrix.
Quem está por trás de
Armitage? Quem tem interesse de tornar uma IA consciente e livre?
Quem lucraria com a destruição da T.A.?
Como disse, tudo parece ser um
livro de espionagem com pano de fundo de ficção científica. Mas,
em todos os aspectos, é um livro bem escrito; é ficção
científica, distopia, cyberpunk e espionagem, tudo num mesmo pacote.
Tem pontos mortos? Tem, mas nada
comprometedor. No meu caso, só não me fez ficar tão preso a
leitura quanto gostaria.
A narração, apesar de ser na
terceira pessoa, foca no Case. Todavia, sempre que a Molly aparece,
ela rouba a cena. Isso me deixou um pouco frustrado, terminei o livro
mas por ela do que pelo protagonista. Case é o que ele faz de
melhor, fora isso, é um cara muito superficial. Todos os outros
personagens são mais interessantes que o Case, mas Molly é a
melhor.
Enfim, Neuromancer é uma
experiência literária boa. Abusa da sinestesia, da psicodelia, da
metáfora, da ação, mas coloca, no meio de tudo isso, uma questão
social e filosófica acerca da natureza humana e da consciência,
como toda boa ficção científica deve fazer. Tudo isso de forma
simples e básica. Nada é tão avançado quanto um básico bem
executado.
Boas leituras!
Rodrigo Rosas Campos
Tags: Ficção científica,
distopia; ciberpunk; conspiração; Neuromancer
terça-feira, 15 de novembro de 2016
Jornada nas Estrelas: Memórias de William Shatner
Jornada nas Estrelas: Memórias
de William Shatner
Jornada nas Estrelas ou Star
Trek é o fenômeno pop que abriu caminho para a ficção científica
no cinema e na TV. Seu pioneirismo vai além de ter sido um dos
primeiros - se não o primeiro - programas de TV em cores nos EUA. A
série não teve medo de abordar questões sociais, que geram
polêmicas até hoje, já nos anos 1960.
“Mas o pioneirismo não foi de
Perdidos no Espaço?”
Você que gosta de Perdidos no
Espaço, leia o livro e descubra como essa série foi gerada. E, se
tiver dignidade, revolte-se. Voltando:
Eis que um dia, William Shatner,
ninguém menos que o ator que interpretou o Capitão Kirk, resolve
contar em livro suas lembranças dos bastidores da série de TV
original.
Jornada nas Estrelas: Memórias,
já foi publicado no Brasil pela Editora Nova Fronteira, há bastante
tempo, mas como falei de Cidade à Beira da Eternidade – o Roteiro
Original de Harlan Elisson em quadrinhos, e tive que mencionar o
livro de Shatner, nada mais justo que dedicar umas linhas ao mesmo.
Acontece que, confesso, só sei os detalhes da briga de Ellison e
Gene Roddenberry por ter lido o livro de Shatner.
Recapitulando e resumindo:
Harlan Ellison escreveu um roteiro que não cabia no orçamento. Gene
Roddenberry, produtor e criador da série, pediu que ele mudasse o
roteiro. Ellison recusou-se. Junto com outros roteiristas,
Roddemberry quebrou a cabeça para adequar as ideias de Ellison ao
orçamento disponível. Mesmo com as mudanças, a Cidade à Beira da
Eternidade é o episódio favorito de muitos fãs. Mas Ellison não
aceitou as mudanças. Submeteu o roteiro original a vários
concursos, ganhando vários prêmios e, com isso, consolidando a fama
do roteiro original não filmado. Quer detalhes engraçados e
inacreditáveis? Procure o livro de Shatner. Mas não para por aí.
Esta e muitas outras histórias,
curiosidades e tretas de bastidores estão lá, reunidas em maiores
detalhes. O livro é muito divertido, por sinal.
A carreira de Gene Roddenberry,
criador de Star Trek. Seu sonho de criar uma série de ficção
científica com elenco fixo.
Qual livro foi a maior
influência para Gene Roddenberry?
Como Gene Roddenberry
selecionava os roteiristas entre escritores de ficção científica
da época? Epa, já respondi e dei spoiler!
Como Gene Roddenberry conheceu
Isaac Asimov?
Gene Roddenberry pediu
consultoria de cientistas e engenheiros de verdade? Sim.
Que fã foi crucial para que
Nichelle Nichols permanecesse como a tenente Uhura quando ela estava
prestes a abandonar o elenco?
Além de Isac Asimov, quem são
os outros fãs ilustres de Jornada nas Estrelas?
Como pode uma única série ter
tido três estreias diferentes?
Funções futuristas para
objetos estranhos.
Os primeiros efeitos especiais,
maquiagem e sonoplastia.
De como o improviso gerou o
manual da Enterprise.
Por quê a missão original de
cinco anos só durou três temporadas?
O primeiro beijo inter-racial da
TV norte-americana.
O sucesso inesperado do Senhor
Spock.
O dia em que um vulcano foi ao
dentista.
De como o episódio piloto virou
um episódio de duas partes.
A dançarina verde.
O licenciamento de Jornada nas
Estrelas para todos os tipos de produtos derivados.
De onde eram os maiores fãs
originais e como foi o ardor com que eles lutaram pela série?
E a emissora de TV lutando
contra. Como? Leia e entenda.
O sucesso tardio mas duradouro
da série.
Depoimentos de outros atores e
membros da equipe de produção.
Os camisas vermelhas.
Qual era o tecido preferido do
figurinista?
Um mesmo ator, vários
personagens, pode? Pode, e se você não ler o livro, é capaz de nem
notar.
Que micos o capitão pagou na
vida real ao longo de sua carreira como Kirk?
Tudo isso com muitas, mas muitas
gargalhadas que o leitor dará e fotos, muitas fotos. E eu pus todos
os tópicos fora de ordem. Mas escrever isso em forma de tópicos é
a única maneira de não dar spoilers.
Para fãs de Jornada nas
Estrelas ou de teledramaturgia em geral é imperdível.
Boas leituras e vida longa e
próspera!
Rodrigo Rosas Campos
Tags: memórias, não ficção,
Star Trek/Jornada nas Estrelas, bastidores, Televisão.
Jornada nas Estrelas - Cidade à Beira da Eternidade - O Roteiro Original de Harlan Ellison
Jornada nas Estrelas - Cidade à
Beira da Eternidade - O Roteiro Original de Harlan Ellison
Finalmente no Brasil, a
adaptação do roteiro original de Cidade à Beira da Eternidade para
os quadrinhos.
“Como assim?! Eu vi esse
episódio, o roteiro filmado não era original?”
Não. Mas vamos contextualizar.
Harlan Ellison escreveu um dos melhores roteiros para a série de TV
original de Jornada nas Estrelas. Mas o brilhantismo do autor, que
escrevia contos e livros de ficção científica na época, como
todos os outros roteiristas de Jornada nas Estrelas, esbarrou em
restrições orçamentárias. Nem tudo o que ele escreveu poderia ser
filmado com o orçamento apertado.
Gene Roddenberry, produtor e
criador da série, pediu que ele mudasse o roteiro. Ellison
recusou-se. Junto com outros roteiristas, Roddemberry quebrou a
cabeça para adequar as ideias de Ellison ao orçamento disponível.
Mesmo com as mudanças, a Cidade à Beira da Eternidade é o episódio
favorito de muitos fãs.
Mas Ellison não aceitou as
mudanças. Submeteu o roteiro original a vários concursos, ganhando
vários prêmios e, com isso, consolidando a fama do roteiro original
não filmado. É claro que os fãs de Jornada descobriram esta e
muitas outras histórias e tretas de bastidores; e muito dessas
histórias é narrado em maiores detalhes no livro de William
Shatner, Jornada nas Estrelas: Memórias, já publicado no Brasil
pela Editora Nova Fronteira, muito divertido, por sinal.
Voltando e resumindo: Ellison
brigou com os produtores na época e o roteiro seguia relativamente
inédito e ganhando fama.
Nesse meio tempo, a série
original só foi sucesso nas reprises nos EUA e na exibição em
outros países, incluindo o Brasil. Houve o licenciamento de Jornada
nas Estrelas para todos os tipos de produtos derivados, incluindo
quadrinhos. Falando especificamente de quadrinhos, várias editoras
publicaram material de Jornada nas Estrelas, mas, na maior parte do
tempo, a marca oscilou entre as duas “grandes”; o eixo DC/Marvel.
Pois não é que ninguém do
eixo, das duas “grandes”, teve a ideia de adaptar o roteiro
original de Cidade à Beira da Eternidade. Quadrinhos não padecem de
restrições orçamentárias e os fãs sabiam do roteiro não
filmado. Falta de visão é fogo! De editora em editora, oscilando
mais entre DC e Marvel, Jornada nas Estrelas finalmente entrou na
órbita da IDW, uma editora independente que se especializou em
licenciamentos de séries e desenhos animados de TV. E, nesse ponto,
que fiquem registrados os parabéns para os editores da IDW: Chris
Ryall, Justin Eisinger e Alonzo Simon!
Eis que a adaptação surge.
Originalmente como minissérie em 5 edições nos EUA. A edição
nacional da Mythos já é a encadernada de luxo e completa. Mas vamos
a equipe criativa:
Roteiro original para a TV:
Harlan Ellison
Adaptação (texto): Scott
Tipton & David Tipton
Arte: J. K. Woodward
Artes das Capas: Juan Ortiz
Artes das Capas alternativas:
Paul Shipper
Arte da Capa do encadernado no
Brasil: Paul Shipper
Arte da Contracapa do
encadernado no Brasil: Juan Ortiz
Editor original: Chris Ryall
Edição da coleção: Justin
Eisinger & Alonzo Simon
Leitores contextualizados, vamos
a resenha propriamente dita:
A Enterprise entra em órbita de
um planeta que deixa seus cronômetros em reverso. Nesse meio tempo,
um oficial que trafica drogas na nave é descoberto e foge para este
planeta. Kirk, Spock e uma equipe de apoio correm para o teleporte
para capturar o renegado.
Eles são deixados num deserto
de areia vermelha e seguem as pegadas do fugitivo até uma estranha
cidade, a cidade à beira da eternidade do título. Lá eles conhecem
os guardiões do tempo e dialogam com eles sem saber que Beckwith, o
fugitivo, está a espreita. Nessa conversa eles descobrem que aquele
planeta está no centro do tempo, reunindo o passado, presente e o
futuro de todos os planetas do universo.
Quado os guardiões abrem um
portal para a Terra, nos EUA dos anos 1930, Beckwith vê ali a chance
da comercializar a droga do futuro no passado, ficando rico no
processo, e volta no tempo. Imediatamente, o tempo e o universo
mudam. Quando a tripulação volta para a nave, descobre que ela foi
tomada por piratas espaciais e que, agora, é denominada Condor. Kirk
e Spock conseguem escapar, retornam ao planeta e voltam no tempo em
busca de Beckwith para evitar que ele altere a história.
Mas, ironia das ironias,
Beckwith teria impedido que uma mulher morresse, e com a
sobrevivência dessa mulher a história da Terra e do universo foram
alteradas. Kirk e Spock voltam antes da chegada de Beckwith ao
passado e conhecem essa mulher, por quem Kirk se apaixona. Agora o
capitão tem uma escolha, salvar o futuro ou a mulher que ele ama num
mundo onde ele nem mesmo nasceu ainda.
Para fãs de Jornada nas
Estrelas é imperdível.
Para os que viram esse episódio,
os extras no final da edição detalham as diferenças entre os
roteiros original e final. E esses extras estão no final por um bom
motivo, lembrem-se disso.
Para leitores de ficção
científica é uma excelente história de viagem no tempo.
Para os que gostam de
quadrinhos, é uma obra da melhor qualidade. A arte é toda feita com
pinturas, toda a mão. Um acabamento digno do texto não filmado de
Ellison, que é brilhante.
Para os leitores casuais de
quadrinhos, uma história fechada da melhor qualidade.
O ponto negativo dessa edição
é o preço Mythos e a falta de opção. A editora poderia ter
lançado no formato original de minissérie? Poderia. Poderia ter uma
edição com capa brochura mais barata? Poderia. Mas a editora Mythos
só pensa nos colecionadores, não nos leitores de verdade. Depois
fica o mimimi de que o público de hoje prefere mangá a qualquer
outra coisa. Claro! São os nossos editores que elitizam os comics e
demais tipos de quadrinhos. O mangá é, hoje, a alternativa mais
barata aos novos leitores. E eu realmente torço para que o formato
digital ajude os leitores a se sentirem motivados a experimentar
coisas novas.
Vale a pena pagar o preço
salgado? Vale. Como já disse, e não me cansarei de repetir, pare de
comprar a mesmice dos quadrinhos mensais e guarde seu rico
dinheirinho para o que realmente vale!
Agora é torcer para que Jornada
nas Estrelas – Cidade à Beira da Eternidade – o Roteiro Original
de Harlan Ellison seja finalmente filmado ou para o cinema ou para a
TV.
Boas leituras, vida longa e
próspera!
Rodrigo Rosas Campos
Tags: ficção científica,
Jornada nas Estrelas, viagem no tempo, adaptação, quadrinhos.
domingo, 13 de novembro de 2016
Choques Futuristas de Alan Moore: O Verdadeiro Antes de Watchmen
Choques Futuristas de Alan Moore:
O Verdadeiro Antes de Watchmen
Alan Moore, o início brilhante
de uma carreira brilhante. É isso que o leitor verá no encadernado
Choques Futuristas da Mythos.
O quê? Essa informação não é
suficiente para você ir correndo comprar e ler? Tudo bem, falarei um
pouco mais.
Um grande autor, vários
artistas, histórias curtas e completas ideais para leitores casuais
de quadrinhos de ficção científica e o início da parceria que
daria Watchmen ao mundo.
Choques Futuristas traz as
primeiras histórias em quadrinhos escritas e publicadas de Alan
Moore para a revista britânica 2000AD; antologia de quadrinhos de
ficção científica e lar das séries Tharg, Nicolai Dante, Área
Cinzenta, Juiz Dredd entre outras.
Ali, Moore começou sua parceria
com vários artistas, incluindo Dave Gibbons, aliais, a química
criativa dos dois é um dos pontos altos desta antologia.
Nesse início de carreira, todo
o brilhantismo do mago já se mostrava em histórias curtas, de 2 a 5
páginas em média, onde viagens no tempo, multiverso, choques
culturais com raças alienígenas e outros elementos de física
quântica e de ficção científica são abordados com muito bom
humor britânico.
Na 2000AD, Moore trabalhou nas
séries de Tharg, Ro-Bocão e Distorções Temporais. Quer exemplos
de tramas? Vamos lá:
Escaramuça é a melhor
adaptação de videogame para os quadrinhos de todos os tempos, é
genial, só tem duas páginas e o nome do jogo adaptado não é
Escaramuça. Ficou curioso? É isso que eu queria.
Continuando...
Um viajante do futuro é mandado
para pré-história para descobrir o elo perdido entre o homem de
Neandertal e o homo-erectus, será que ele descobrirá?
O que faz um velho herói do
espaço, antigo defensor da Terra, para recuperar a fama perdida?
A descoberta de uma raça
alienígena seria bom ou ruim para uma expedição destinada a
encontrar espécies alienígenas?
Seriam os deuses astronautas?
Isso é o que um simpático povo nômade está prestes a descobrir.
Estes são só alguns dos
enredos das histórias de Choques Futuristas.
Mas não para por aí. Temos,
pela primeira vez no Brasil, a saga completa do amalucado Abelard
Snazz, o gênio do cérebro duplex e, literalmente, quatro olhos. Com
suas soluções mirabolantes para problemas mirabolantes e seus
efeitos …, bom, melhor o leitor conferir por si só.
Parte dessas histórias já
haviam sido publicadas aqui pela própria Mythos na Juiz Dredd
Megazine. Este encadernado vem para republicar estas e completar o
que faltava para ter todos os Choques Futuristas de Alan Moore.
Os extras trazem pequenas
biografias de Moore e de cada um dos desenhistas, e duas capas da
2000AD, que foram dedicadas a duas destas histórias curtas. Isso
numa revista que tem o Juiz Dredd como astro principal. Um bom autor,
bons desenhistas, boas histórias roubam a cena até de personagens
TMs fetiches.
O preço Mythos é salgado, eu
sei, mas é como já falei; pare de comprar o lixo mensal e foque nos
autores que, como Moore, fazem valer cada centavo. Embora a Mythos
pudesse ajudar fazendo uma versão econômica de cada encadernado.
Esse negócio de só colocar edições de luxo afasta novos leitores.
Puxão de orelha na Mythos mesmo! Afinal, leitores compram e
experimentam mais que colecionadores, bastando que os preços das
edições caibam em seus bolsos.
Se você sabe quem é o
desenhista de Watchmen, não caiu aqui de paraquedas. Mas, para os
que caíram aqui de paraquedas, Alan Moore é o autor de Watchmen, V
de Vingança, Do Inferno, A Voz do Fogo, Liga Extraordinária, Tom
Strong, Lost Girls etc.
Moore anunciou aposentadoria
recentemente. Por um lado, uma pena; por outro, quem pode julgar
alguém que quer parar no auge?
Boas leituras!
Rodrigo Rosas Campos
Tags: quadrinhos, ficção
científica, humor, Alan Moore.
sexta-feira, 11 de novembro de 2016
Resenha - Área Cinzenta: Controle de Imigração Alienígena
Área Cinzenta: Controle de
Imigração Alienígena
Desaconselhável para menores de
18 anos.
Área Cinzenta é uma série de
histórias publicada originalmente na revista britânica 2000 AD. No
Brasil, teve seu início publicado na revista Juiz Dredd Megazine.
Agora, a Mythos relança o que já publicou junto com a parte que
ficou inédita nesse encadernado.
Criada por Dan Abnett (texto) e
Karl Richardson (arte), a série narra a história de uma Terra que
teve seu primeiro contato com alienígenas de forma desastrosa.
Acontece que, para garantir que os terrestres os entenderiam, os
alienígenas espalharam um vírus na atmosfera terrestre. O vírus
matou muitas pessoas, mas garantiu aos sobreviventes infectados a
capacidade de entender e falar qualquer idioma do universo e de
transmitir esse poder aos descendentes. Este dia ficou marcado como o
dia da saudação e os infectados e seus descendentes passaram a ser
conhecidos como os saudados.
Devido ao caos que foi a
saudação, os governos se uniram e construíram uma rede de
satélites em torno da Terra, para evitar que naves hostis ou não
autorizadas invadissem nosso espaço e nosso planeta. Também foi
construída uma área de quarentena para garantir que os visitantes
de outros planetas não oferecessem perigo à população: a Zona
Global de Exossegregação, no Arizona, EUA. Esse lugar é mais
conhecido como a Área Cinzenta.
Na Área Cinzenta, estão os
oficiais da Exotransferência Controlada, ETC. Eles tem a função de
avaliar os alienígenas pelo tempo que for necessário a cada espécie
e liberá-los ou não para a visita à Terra, dependendo do risco que
cada espécie pode representar a nós. Nesse espaço de tempo, os
alienígenas ocupam alojamentos na Área Cinzenta.
Os agentes da ETC também
funcionam como policiais. Impedem a fuga dos não autorizados, bem
como os conflitos e crimes cometidos dentro da área. A história
começa em primeiro de janeiro de 2045, primeiro dia da oficial Bird
na ETC e na Área Cinzenta.
Ok, isso lembra o filme Distrito
9. Mas as outras diferenças, além das que já foram mencionadas,
são: os saudados são segregados pelos seres humanos normais e
acabam empurrados para cargos de tradutores na ETC; os alienígenas
são de várias espécies e oriundos de vários planetas; movimentos
humanos exofóbicos pipocam no mundo inteiro, fazendo a ETC ter que
atuar fora da área para garantir a segurança dos visitantes que
estão em acordo com nossas leis.
As metáforas ao racismo,
segregação e xenofobia de nossa realidade são obvias, mas o texto
é brilhante. Dan Abnett é um gênio na escrita. Os desenhistas
mudaram ao longo da publicação original.
Karl Richardson foi o primeiro,
cocriador da série.
Lee Carter, bom, técnico, mas
sem estilo próprio.
Patrick Goddart, o melhor. Chega
a lembrar George Perez de tão bom.
O último tenta imitar o criador
de Hellboy, e é só o texto de Abnett que salva as últimas páginas
do encadernado.
A editora que lançou foi a
Mythos. Novamente: o preço Mythos é salgado, eu sei, mas é como já
falei; pare de comprar o lixo mensal e foque nos autores que fazem
valer cada centavo. Embora a Mythos pudesse ajudar fazendo uma versão
econômica de cada encadernado. Esse negócio de só colocar edições
de luxo afasta novos leitores. Puxão de orelha na Mythos mesmo!
Afinal, leitores de verdade compram e experimentam mais do que
colecionadores esnobes, bastando que os preços das edições caibam
em seus bolsos.
Boas leituras!
Rodrigo Rosas Campos
Tags: quadrinhos, Inglaterra;
ficção científica, distopia, 2000 AD.
sexta-feira, 4 de novembro de 2016
sexta-feira, 28 de outubro de 2016
sexta-feira, 21 de outubro de 2016
sexta-feira, 14 de outubro de 2016
Assinar:
Postagens (Atom)
Garimpando em Gibiterias: Tê Rex: Spoilerfobia, O Primeiro Livro Impresso das Melhores Tiras da Internet por Marcel Ibaldo e Marcelli Ibaldo
Aconselhável para todas as idades! O mercado de quadrinhos no Brasil é muito fraco, sejamos honestos. Lá fora, grandes obras permanecem ...

-
Se precisar, clique nas imagens para ampliá-las! Homem Grilo e sua turma foram criados por Cadu Simões, Ricardo Marcelino e por vários dese...
-
Rodrigo Rosas Campos Desaconselhável para menores de 18 anos. 1. A Importância da Leitura da Fonte do Universo Original O que este texto...
-
Sim, isso é uma resenha de um RPG em fase beta. Descobri esse sistema ao consultar o site da editora do quadrinho Ink Madness . Diário ...