Tá, vou colocar um pouco mais da história: Cris saiu da ilha onde nasceu e cresceu em função do preconceito religioso por ela ser lésbica. Ao chegar no continente, ela cria uma série de livros de sucesso contando as aventuras de Maku, uma pirata espacial lésbica. Entretanto, ela não consegue escrever o livro com o fim da saga e está atrasada em dois anos. Seu editor tem a ideia de enviá-la de volta a ilha onde ela nasceu acreditando que, se ela se reconciliar com o passado, o bloqueio passe e ela termine o tão aguardado último livro.
Mas algo estranho acontece, ao voltar para a ilha, todos agem como se ela tivesse morrido na balsa que a levou para o continente e ela nunca se tronou a escritora de Maku. Uma garota desconhecida se lembra dela e ela consegue a ajuda de um de seus antigos amigos. Estranhamente, imagens de Maku aparecem estampadas em balões para crianças e, ao procurar pelos livros, descobre que sua personagem existe naquela realidade com o nome de Sirc, que é Cris ao contrário. Quem está por trás disso e como ela escapará dessa bizarra situação? É isso que o leitor descobrirá lendo a história em quadrinhos.
Além de abordar a homofobia e os preconceitos de religiosos radicais que se dizem Cristãos, mas são incapazes de aceitar diferenças, a história também toca na bizarra relação que alguns fãs fazem com as obras e com os autores que dizem gostar. Os fãs da Maku/Sirc lembram os de um certo George R. R. Martin no modo doentio e, muitas vezes, desrespeitoso como eles reclamam do atraso do autor como se fãs tivessem algum direito sobre a obra, seus desdobramentos, se ela terá ou não um final, se este será conclusivo ou aberto etc.
Sobre o Tempo em que Estive Morta foi publicada em 2019 pela Zapata Edições. R$30,00 (mais o eventual frete) e vale cada centavo!
Boas leituras, até breve!
Rodrigo Rosas Campos
P.S.: para os fãs de Martin que não acreditam no que falei, que tal olhar essa play list no canal da Mikannn com 3 Ns no final?
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