sexta-feira, 26 de janeiro de 2018

Dias de Horror: Um Neto de Watchmen Made In Brazil

Desaconselhável para menores de 18 anos!

    Dias de Horror é uma graphic novel de super-heróis made in Brazil. Feita pelos profissionais agenciados pelo Chiaroscuro Studios, que trabalham para editoras estadunidenses como DC, Marvel, Dark Horse, Titan Comics etc. É uma história fechada em edição única que traz novos personagens e um novo universo, portanto, qualquer um pode ler: desde o novato em quadrinhos, o novato em super-heróis (mais especificamente), ou mesmo um leitor casual. Não é necessária nenhuma leitura prévia para o entendimento e não será necessária nenhuma leitura posterior, pois se trata de uma história verdadeiramente fechada e completa.

A Equipe

    A história foi roteirizada por Danilo Beyruth (Bando de Dois).

    Com artes (desenhos, arte final e cores) de: Adriana Melo; Adriano Di Benedetto; Alex Shibao; Allan Jefferson Alisson Borges; Amilcar Pinna; Andrei Bressan; Breno Tamura; Bruno Oliveira; Cris Bolson; Daniel HDR; Daniel Maia; Danilo Beyruth; Diógenes Neves; Dijjo Lima; Eber Ferreira; Eddy Barrows; Eduardo Ferigato; Eduardo Pansica; Fabiano Neves; Felipe Watanabe; Geraldo Borges; Gustavo Duarte; Ig Guara; Ivan Reis; JOK; Joe Prado; Jonas Trindade; José Luis; Júlio Brilha; Júlio Ferreira; Leonardo Romero; Lucas Werneck; Marcelo Costa; Marcelo Di Chiara; Marcelo Maiolo; Márcio Fiorito; Márcio Hum; Márcio Menyz; Márcio Takara; Natalia Marques; Nuno Plati; Oclair Albert; Paulo Siqueira; Péricles Júnior; RB Silva; Ricardo Jaime; Robson Rocha; Rodney Buchemi; Rodrigo Spiga; Rogê Antônio; Ronan Cliquet; Ruy José; Thony Silas; Wesllei Manoel; Yildiray Cinar e Zé Carlos.

    O produtor do projeto é Ivan Costa e o editor desta publicação foi Sidney Gusman (editor da Maurício de Sousa Produções e do site Universo HQ).

    Letras e design gráfico de Rodolfo Muraguchi.

    Capa: Danilo Beyruth (lápis); Joe Prado (arte-final) e Marcelo Maiolo (cores).

    Se você é um leitor casual ou novato em quadrinhos ou, mais especificamente, em super-heróis, tudo o que você espera de uma resenha é que ela resuma a história e traga a opinião de quem resenhou; nesse caso, não precisará ler o para saber mais. Mas, se você já tem bagagem NA LEITURA de super-heróis, sei que você é chato, assim que nem eu, e que vai esperar bem mais de um sujeito que faz uma resenha sobre super-heróis do que um simples resumo de história acompanhado de opinião; nesse caso, leia o Para Saber Mais. Se você é, ao mesmo tempo, novato e curioso, siga a sequência e os links depois dela.

A Trama

    Dias de Horror traz um universo novo de super-heróis. O roteiro de Danilo Beyruth é autoral, houve liberdade para fazer a história que ele queria como nenhuma editora grande e comercial jamais permitiria. Isto posto, a história é a seguinte: um grande supervilão, chamado de Doutor Horror, que também é ditador da Krasólvia, um pequeno (e fictício) país do leste europeu, é acusado de ter conspirado com alienígenas para tentar dominar a Terra.

    Nessa invasão, alguns heróis ficaram seriamente feridos, uns incapacitados e outros morreram. Entre os mortos estão os três maiores heróis do planeta: Solar, Caçador e Rapina. Agora o Doutor Horror será julgado, dois anos depois da invasão, até porque paira uma dúvida sobre seu suposto envolvimento com os alienígenas invasores. Dias de Horror é uma história de julgamento. É corajosa em vários aspectos. Danilo Beyruth está de parabéns.

    A edição tem como pontos altos:

    A arte de vários artistas em uma única história. Esse é um formato muito usado em especiais e anuais de quadrinhos norte-americanos, mas (acho que) nunca foi feito por aqui; ao menos não nessa escala, com mais de 50 artistas gráficos, uma média de duas páginas por desenhista (alguns fazendo a própria arte-final) e com 88 páginas de uma única história. A arte do JOK é um pin-up no final com a trindade daquele novo universo. Aqui, no Brasil, edições com muitos desenhistas costumam trazer histórias diferentes (uma para cada desenhista), e não uma única trama. Essa discussão não cabe aqui, mas, se quiserem, deixem comentários.

    Ainda com relação aos desenhos, houve a preocupação em manter os visuais mesmo com as mudanças de estilos de um desenhista para o outro, todavia rolaram algumas incoerências, as asas de Rapina chegam a mudar de naturais para metálicas algumas vezes, nada que estrague o conjunto. Os desenhos são lindos, mas, embora os visuais dos personagens sejam sempre os mesmos, não houve um critério único para detalhes como alturas, medidas e feições. É como se todo o elenco mudasse a cada cena de um mesmo filme. Como falei, OK! Não prejudica o conjunto. Cada leitor preferirá o estilo de desenho que mais lhe agradar.

    Ainda no quesito desenho, cabe salientar a influência dos quadrinhos franceses no traço nacional. Ela é dominante. Nossos artistas são muito influenciados pelo saudoso Jean “Moebius” Giraud, sobretudo as páginas 92 e 93 de Allan Jefferson (Lápis) e Júlio Ferreira (Arte-final). O Solar de Rodrigo Spiga lembra muito o Chatotorix de Uderzo, depois de puxar ferro, mas, ainda assim, lembra muito o bardo gaulês.

    É claro que menções visuais a Jack Kirby não faltam; afinal, Dias de Horror é uma homenagem ao gênero super-heróis, que foi graficamente definido ao longo de décadas, sobretudo, pelo Kirby. Que pipoquem Kirby dots por toda parte!

    Os pontos fracos são:

    Uma história previsível em que o momento mais imprevisível nem tem tanto a ver com o assunto principal, que é determinar se o Doutor Horror é culpado ou inocente. De fato, esse é o mais dúbio de todos os aspectos da trama. O texto até determina uma sentença, mas o leitor acaba tendo elementos para se permitir algumas dúvidas depois do final.

    A história foi produzida no Brasil, por brasileiros, mas não é exatamente brasileira. Faltou participação de personagens genuinamente brasileiros. Os personagens atuam, predominantemente, nos EUA e são, na maioria, norte-americanos, como os arquétipos que os originaram. Enfim, lembra um bang-bang italiano em quadrinhos (Tex, por exemplo) só que com super-heróis no lugar de cowboys. Pensei que ao menos um personagem brasileiro fosse criado especialmente para dar mais as caras, mas isso não aconteceu.

Eu Gostei

    Gostei! Achei perfeita? Não, mas gostei MESMO. É uma história básica e bem-feita de super-heróis, bem escrita e bem desenhada. Lembra os Incríveis da Pixar, no sentido de que ninguém precisa das origens dos personagens para entender o que está acontecendo. Tudo o que é importante está nos diálogos e que cada leitor preencha as lacunas como bem quiser.

    A edição é a primeira publicação de uma história em quadrinhos própria do Chiaroscuro Studios, possui 130 páginas, formato 21 cm x 31 cm (maior que um Asterix) e capa dura. Teve uma campanha do tipo flex na plataforma de financiamento coletivo Catarse; ou seja, ela seria publicada de qualquer jeito, mas o realizador quis ver se os fãs do escritor e de cada um desses artistas gráficos (desenhistas, arte-finalistas e coloristas) apoiariam a iniciativa, e os fãs apoiaram.

    Entre os extras estão fotos com as fichas dos artistas com o que eles fizeram em 2017. Também é um bom ponto de partida caso algum leitor se interesse por outros trabalhos de alguns deles. Faltou informações de bastidores? Acho que sim. Queria saber como foi feita a distribuição das páginas, queria ver a concepção gráfica dos personagens, que, pelas informações de copyright, me faz crer que é do próprio Danilo Beyruth; enfim, esperava mais dos extras. Mas, como uma das finalidades da edição é colecionar autógrafos, o leitor poderá fazer isso em baixo da respectiva foto e ficha corrida de cada artista.

    “Mas então por que você quer informações de bastidores?” - Curiosidade, gosto de informações de bastidores. Fora que, entre muitas dúvidas, eu não acredito que o autor da história, que também é um dos desenhistas, escolheria para si mesmo uma página dupla de cenário; quem gosta de desenhar cenário? Já havia as fotos e os depoimentos dos artistas sobre o que foi feito em 2017, precisava aquela galeria de capinhas gringas no final? Não. Podia ter as artes conceituais dos personagens de Dias de Horror? Sim. Aquela galeria de capinhas possui alguma relevância? Não, foram só 9 páginas desperdiçadas.

    O preço salgado se justifica por: ser uma edição de luxo; ter como finalidade mostrar aos clientes atuais e potenciais do Chiaroscuro Studios um trabalho de seus artistas; ser uma edição comemorativa que marca o início de um selo da Chiaroscuro Studios para seus artistas produzirem materiais autorais; mas, e esse é o motivo maior, foi feito também para os fãs dos artistas envolvidos colecionarem os autógrafos dos mesmos, valorizando assim o trabalho dos criativos.

Criadores Apoiados - O Melhor de Tudo Isso

    Esse é um ponto fundamental e é a MELHOR parte disso tudo: os livros anteriores do Chiaroscuro Studios eram de arte, sendo que cada artista retratava um personagem existente e já publicado. Um fã que colaborou no Catarse para os livros de 2013 e 2016 poderia ser tanto do artista quanto do personagem de grife que o mesmo desenhou para o livro, exemplo, X-Men, Batman, Mônica, Mafalda etc. Nessa nova iniciativa, os personagens não possuem fama ou prestigio anteriores.

    Estes artistas brasileiros que trabalham para as editoras gringas famosas lançaram um livro em quadrinhos SEM as chancelas e marcas das mesmas. É um livro voltado aos fãs dos criativos, leitores que valorizam mais os artistas que os personagens. Isso é muito bom mesmo! Mostra que os fãs brasileiros estão privilegiando os criadores e não os personagens. Quem adquiriu Dias de Horror comprou uma história escrita pelo Danilo Beyruth e desenhada, arte-finalizada e colorida por toda a galera mencionada acima. Dias de Horror é um quadrinho que entra na coleção de obras de Danilo Beyruth e cia.

Batendo na Mesma Tecla

    Eu não teria ficado chateado em comprar uma versão capa mole, muito pelo contrário. Eu queria ter pago menos, mesmo que a edição mais barata não fosse tão boa a ponto de permitir uma futura coleção de autógrafos. Acho que o principal atrativo de um quadrinho deve ser o conjunto e a harmonia entre texto e arte, não o acabamento da edição. Sou leitor de verdade, não colecionador vaidoso enfeitador de estantes. Se houvesse a possibilidade de uma edição física econômica no financiamento, seria aquela que eu teria escolhido e comprado. Apesar disso, novamente baterei naquela tecla: esqueça as mensais e guarde o seu dinheiro para edições que valem a pena colecionar e guardar, pelas boas histórias e no acabamento que for.

Os Ovos de Páscoa Não Atrapalham os Leitores Casuais

    Quase esqueço, alguém pode perguntar: “A história tem referências?”. Sim, mas elas não atrapalham a compreensão do leitor casual de super-heróis, ou mesmo de quadrinhos, e  só estão lá como ovos de páscoa para leitores veteranos de super-heróis ficarem brincando durante e depois da leitura.

    Concluindo, Dias de Horror tem uma forte inspiração em Astro City. Histórias como essa deixam três coisas muito claras: a primeira é que os criativos são SEMPRE mais importantes que os personagens! A segunda é que autores só possuem liberdade real com seus próprios personagens. Cronologia, cânone e perpetuação indefinida de marcas só atrapalham na hora de contar boas e novas histórias. A terceira é que só temos a possibilidade de uma boa história quando os personagens não são tratados como vacas sagradas, podendo, inclusive, morrer e/ou passar seus mantos ou funções a sucessores.

    Hoje, Dias de Horror está a venda nas redes sociais do Chiaroscuro Studios, entre elas a do Facebook (https://www.facebook.com/ChiaroscuroStudios/?fref=ts).

    Para os que quiserem parar por aqui, boas leituras e até breve!

    Rodrigo Rosas Campos

    Ainda está aí? Então vamos!

Para Saber Mais Sobre Dias de Horror: Um Neto de Watchmen Made In Brazil

    Pela sinopse do projeto no Catarse, o leitor avançado de super-heróis, que não se limita às caixinhas da DC e da Marvel, já havia reparado que Dias de Horror bebe muito de Astro City. Ok, sei que alguns de vocês que estão lendo agora nunca leram Astro, mesmo ela já tendo sido publicada por aqui. Então vamos por partes.

    Quando abandonei os quadrinhos mensais de super-heróis, perdi a invasão brasileira no mercado norte-americano. Decidi dar apoio a esse projeto ainda no Catarse quando a Panini não anunciou nenhum novo volume para Astro nos períodos de agosto, setembro e outubro de 2017. Ou seja, no momento em que comecei a escrever estas linhas, a Panini ainda estava ensebando as publicações dos volumes 7 e 12 de Astro City. E talvez ainda esteja no momento em que você as lê.

    Sim, decidi apoiar Dias de Horror por saudades de Astro, confesso, e para conhecer o trabalho desse pessoal que, em muitos casos, nunca li um gibi desenhado por eles, também confesso. Muitos, só conheço de Internet, podcasts ou Google imagens. Eles que me perdoem, mas não vou comprar mensal de super-heróis só por que os desenhistas são brasileiros. Mensais de super-heróis ou são para leitores novatos, que se impressionam com velhas histórias redesenhadas, ou são péssimas.

    Voltando: mas o que Dias de Horror tem a ver com Watchmen, Astro City e a invasão brasileira dos desenhistas no mercado estadunidense? Respondendo, em resumo mesmo e por partes:

    Watchmen foi a mais emblemática das obras que revolucionaram o gênero super-heróis, voltando-o para um público mais adulto e com tramas mais violentas. Bem verdade que não foi a única, V de Vingança e Cavaleiro das Trevas também fizeram essa revolução. Entretanto, Watchmen se tornou a mais emblemática dessas três. Tudo o que veio depois tem alguma influência de Watchmen, seja para negá-la, seja para exaltá-la.

    A invasão brasileira ocorreu no final dos anos 1980 e no início dos 1990. Desenhistas brasileiros começaram a trabalhar para as editoras norte-americanas de quadrinhos. Estes pioneiros abriram mercado novo, mas foram duramente criticados na época por americanizarem seus nomes. Mike Deodato foi o maior nome dessa fase. Hoje, a maioria dos brasileiros não usa mais nomes americanizados, trabalhando de igual para igual com os americanos e demais gringos; lembrando que, lá os brasileiros também são gringos. Dias de Horror foi feito por artistas brasileiros que trabalham para as editoras norte-americanas de super-heróis e que são agenciados pelo Chiaroscuro Studios.

    Astro City: quando Watchmen desconstruiu os super-heróis, Marvels, Astro City e Reino do Amanhã foram as obras que iniciaram a reconstrução. Por razões óbvias, aqui, vou focar em Astro City, cuja proposta de reconstrução não descarta os personagens violentos da desconstrução.

    Na visão de Kurt Busiek, autor das séries de Astro City (e de Marvels), super-herói é um gênero que pode abarcar todos os gêneros; um contexto amplo que serve para contar vários textos; uma ideia que pode, ao mesmo tempo, criar histórias específicas para todos os tipos de público e de todas as faixas etárias. De todos os filhos de Watchmen, Astro City é a série que mantêm as mudanças trazidas pelo desconstrucionismo e retoma a ingenuidade das épocas anteriores num equilíbrio que só foi possível graças ao talento de Busiek para narrar e amarrar eventos e momentos históricos pendulares. Desde a chamada Era de Ouro até os dias de hoje, os quadrinhos de super-heróis e de aventuras em geral oscilaram entre histórias violentas e mais pueris e divertidas.

    Astro City é uma série de minisséries e de edições únicas que mostra que, num mesmo cenário, pode se criar histórias para todos os públicos. Os heróis ideais e os problemáticos convivem em harmonia e cada trama tem sua própria classificação etária. Todas juntas contam a grande história maior, a de Astro City e de seu universo. Para que se tivesse tamanha liberdade criativa foi criado um novo universo com personagens próprios que, mesmo quando inspirados em personagens antigos, não carregavam a pecha de serem TMs e de terem a obrigação de gerar lucro com produtos licenciados (filmes, camisetas, bonequinhos etc.), fora o fato de que os novos personagens têm passado, presente e futuro em branco, dando ao escritor um espaço para que, só o que for relevante no momento seja revelado, além dele poder criar tudo do zero. A história é a prioridade, os personagens têm suas relevâncias relativizadas de acordo com a trama e o tom do que está sendo contado no momento.

    Astro City é uma série subestimada no Brasil, mas sua premissa é a base de Dias de Horror. Um novo universo, com personagens novos, que homenageiam o gênero super-herói abarcando todas as suas características e possibilidades. Danilo Beyruth evidencia isso pelo visual, pois sua equivalente da Mulher-Maravilha, a Rapina, tem asas, como a Vitória Alada de Astro City.

    Sendo Astro City uma das filhas de Watchmen, Dias de Horror, que se inspira em Astro, é uma história neta de Watchmen produzida no Brasil. Com efeito, a maior diferença de Rapina para a Vitória Alada de Astro e para a Mulher-Maravilha da DC é uma das grandes surpresas de Dias de Horror.

    Mas as semelhanças entre Dias de Horror e Astro City não param na Rapina, Solar e Caçador e suas analogias com os personagens de Astro e DC. Assim como em Astro City, Dias de Horror apresenta um universo que contém arquétipos tanto dos personagens da DC, quanto da Marvel; Doutor Horror e Doutor Destino etc. Bem como eventuais amalgamas (nem todas visualmente evidentes). Se um grupo ou herói parece aquele outro, é por que é assim mesmo, deve parecer. Há muitas homenagens aos personagens das, assim chamadas, duas grandes. As diferenças que fazem diferença são colocadas nos diálogos, isso quando elas importam para a trama.

    Há um momento pesado entre o Doutor Horror e o Ray Burst, que mostra o lado nada heroico do herói que acusa o vilão. Isso e o motivo da invasão (que se eu disser será spoiler) remetem ao cerne de Watchmen: que é o questionamento se os vigilantes e super-heróis não seriam mais um entre os problemas do mundo, e não uma solução para problemas, caso existissem. De fato, isso é o que mais remete ao desconstrucionismo de Watchmen. Falar mais seria dar spoilers.

    Até aqui, se algum leitor não entendeu nada do que falei, ou melhor, escrevi, veja meu ensaio, Os Filhos de Watchmen (https://literakaos.wordpress.com/2017/02/28/ensaio-os-filhos-de-watchmen-de-como-a-saga-de-alan-moore-e-dave-gibbons-que-desconstruiu-os-super-herois-influenciou-tudo-depois/).

    Se quer saber mais sobre Astro City, leia Astro City: Uma Cidade Grande para Grandes Super-heróis (https://literakaos.wordpress.com/2016/07/20/astro-city-uma-cidade-grande-para-grandes-super-herois/).

    Quer saber ainda mais sobre Astro e sua maravilhosa mulher alada? Procure por Vitória (https://literakaos.wordpress.com/2016/08/12/resenha5astro-city-vitoria-chega-as-bancas-e-gibiterias-nacionais/).

    Mais sobre a invasão brasileira no mercado americano, ouça o Confins do Universo #24 (http://www.universohq.com/podcast/confins-do-universo-024-desbravando-campos-gringos/). Daniel HDR, um dos desenhistas atuantes na DC e um dos artistas de Dias de Horror, tem um podcast, o ArgCast (http://www.dinamo.art.br/podcasts-2/), e o Daniel HDR Arts no You Tube (https://www.youtube.com/user/danielhdrart) que são muito legais e divertidos! Também é figurinha fácil nos podcasts Quadrim (http://www.podflix.com.br/quadrimcastquadrim), Melhores do Mundo (MdM, http://melhoresdomundo.net/ evite a área de comentários) e no vlog Dois Quadrinhos (https://www.youtube.com/user/viniciowz).

    Boas Leituras e até breve!

    Rodrigo Rosas Campos

sexta-feira, 5 de janeiro de 2018

Mudanças de 2018 Para este blog

Bom pessoal, 2017 foi difícil, mesmo não postando tiras em janeiro (muitas de janeiro foram as de fevereiro antecipadas) tive poucas ideias boas, tive de aproveitar até as ruins, eu sei, não precisam me agradar; e agora, mais do que nunca, entendo porque até meus quadrinistas e chargistas preferidos possuem aquela tira ou charge que eu não gostei. Criar um texto para ser desenhado todo o dia ou uma vez por semana cansa, tem momentos que várias ideias aparecem e outros que não aparece nenhuma e até uma piada ruim ou batida fica bem-vinda.

    Nessa preocupação de escrever textos para virarem tiras, tenho negligenciado contos e poemas que há muito estão escritos e que, até hoje, não foram publicados nesse blog. O que nos leva a primeira mudança: as tiras do Juvenal (o Velho Hippie), Rabiscos, a nova série Contestando o Ditado e as Extraordinárias serão esporádicas, do mesmo jeito que o Cliente V.I.P. (exclusivo deste blog até o momento) sempre foi. Ou seja, se eu tiver uma boa ideia, farei, se não, não terá tira.

    Desde o início deste blog as tiras são publicadas oficialmente aos sábados, mas a maioria foi antecipada para sexta-feira, agora não haverá dia certo para as tiras. O mesmo vale para minha página de Facebook, Rodrigo Rosas Campos, Fazendo Literatura Etc. e tal. Esta é a segunda mudança.

    A terceira mudança é que meus contos e poemas (textos sem figuras mesmo) aparecerão aqui na medida do possível, mas com mais frequência. Não vou definir periodicidade certa, mas muito do que seria um conto da série Direto ao Ponto acabou virando um Rabisco. Sei que o mesmo texto com figuras rende mais visualizações etc. que o mesmo texto puro, sem figuras ou ilustrações, mas gosto de escrever mais do que de desenhar, desculpem.

    A quarta mudança é em relação as resenhas de livros e quadrinhos: em 2018 elas estarão, predominantemente, no Literakaos, que também terá a republicação de algumas tiras que publiquei aqui e na minha página do Face. Até no LK, as minhas resenhas ficarão mais esporádicas. Não que deixarei de postar, vez ou outra, alguma resenha aqui, mas este blog será predominantemente dos meus textos, contos, poemas e, eventualmente, tiras. Se houver alguma resenha aqui, estejam certos, foi para tapar buraco mesmo ;p.

    Sei que, na Internet, todos querem novidades sempre, mas não estou conseguindo o um bom ritmo de produção semanal, mesmo deixando de produzir as tiras pelo mês de janeiro. Fora que, se você não viu algum de meus posts mais antigos, ele é novo para você!

    Bom, espero que compreendam as mudanças que tive implementar, espero que não me abandonem, visitem este humilde espaço virtual de vez em quando, comentem etc., boas leituras e até breve!

    Rodrigo Rosas Campos
    Rio de Janeiro, 06/01/2018.

[Resenha] Diário Macabro RPG Versão Beta

    Sim, isso é uma resenha de um RPG em fase beta. Descobri esse sistema ao consultar o site da editora do quadrinho Ink Madness . Diário ...