domingo, 22 de abril de 2018

Juvenal, el Viejo Hippie

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Traducido por Marcia Emilia Malaka
© Rodrigo Rosas Campos, 2009 - 2018.
 

quinta-feira, 19 de abril de 2018

Entre a Dor e o Nada

Rodrigo Rosas Campos

Descobrir-se desprezível dói.
Descobrir-se abandonado dói mais.
Descobrir-se traído dói mais ainda.
Quanta dor suportou alguém que nada sente?

As vezes muita,
As vezes nenhuma,
São muitos os caminhos
Para qualquer lugar.
São muitos os caminhos
Até para o dessensibilizar.

terça-feira, 3 de abril de 2018

Astro City Volume 7 Finalmente!

Aviso: desaconselhável para menores de 18 anos. Esta é a história mais violenta da série maior  que é Astro City!

Alerta de Spoilers!
Se você não leu o volume 6, PARE agora e vá para Garimpando Em Gibiterias Especial: Astro City Volume 6 em Uma Postagem Retroativa (https://literakaos.wordpress.com/2018/03/05/garimpando-em-gibiterias-especial-postagem-retroativa-astro-city-volume-6/).

    Você já leu o volume 6? Ok, vamos a resenha do 7.

Bem-vindo a Astro City!


    Com mais de um ano de atraso, Astro City volume 7: A Era das Trevas 2: Irmãos em Armas    finalmente chegou às bancas do Rio de Janeiro em dois de Abril de 2018. Com texto de Kurt Busiek, arte de Brent Anderson, concepção visual dos personagens e capas de Alex Ross. A revista chega com capa cartão, formato americano, lombada quadrada, 240 páginas, R$ 34,90. Não está fácil para ninguém, eu sei, mas vale cada centavo.

    O volume 6 terminou com Royal indo para a cadeia e Charles saindo do coma. Royal identificou o soldado da organização criminosa Pirâmide que incendiou o apartamento da família deles. Charles ouviu o irmão no hospital. O volume 7 começa nos anos 1980.

    Quando os policiais corruptos são punidos, Charles abandona a Polícia e entra na E.A.G.L.E., enquanto Royal sai da cadeia e é infiltrado na Pirâmide pelo irmão. O objetivo dos irmãos é claro, matar o assassino de seus pais mesmo que morram no processo ou que arrisquem objetivos maiores.

    Enquanto isso, a viagem temporal do Agente de Prata continua. Alguns tentarão alterar a história salvando-o, outros tentarão matá-lo antes que ele volte no tempo para sua própria execução. Situação paradoxal que fica mais fácil de entender pela perspectiva de pessoas normais que não viajaram no tempo e que montaram o quebra-cabeça aos poucos.

    Outros destaques da edição ficam por conta da origem da segunda Cleópatra; a história dos 11 da Apolo; a introdução escrita por Ed Brubaker para o encadernado gringo em 2010; a primeira aparição do Homem Verde; capas originais; e extras, que até poderiam ser mais, mas são significativos. Enfim, é só dar uma googlada depois para ver um pouco mais!

    Combinada com a primeira parte, Astro City Volume 7: Era das Trevas 2 - Irmãos Em Armas é diversão garantida para leitores de quadrinhos casuais, novos ou antigos de super-heróis.

    Mudando um pouco de assunto e no mesmo assunto: notícias recentes dizem que Astro virará série de TV. No passado distante, eu comemoraria, todavia eu já sei o que vai acontecer. Toda bazingada vai ficar em polvorosa, a Panini vai tomar posturas oportunistas para pegar esse público, os espectadores de TV não corresponderão e nós, leitores de verdade, seremos os mais prejudicados e ainda teremos que aturar não leitores babando por mudanças na trama das quais discordamos. Mesmo com o nome de Busiek na equipe de roteiristas da série, isso me soa como reprise amarga.

    Bom, agora é torcer para que Astro City como um todo seja completada no Brasil, que ela não amargue as estatísticas de séries incompletas em nosso país.

    Como o Literakaos não é só meu, é da Ana e da Gaby também, este post teve que esperar na fila do LK. Mas, para que ele não ficasse muito atrasado em relação ao lançamento de Astro City #07, postei este texto no blog do Juvenal, o Velho Hippie também.

Considerações Finais

    Agora vou usar este espaço para duas considerações finais:

    A primeira se refere a concepção original de Astro City: isso só foi revelado em Astro City: A Era das Trevas 1: Irmãos & Outros Estranhos. O agradecimento que Alex Ross faz a Bob Scheck, na época, editor da editora independente Dark Horse, é revelador.

    A Era das Trevas é a história que conta, finalmente, o que aconteceu ao Agente de Prata na perspectiva de dois irmãos humanos normais, um policial e um criminoso, e de como eles vivem numa cidade grande cheia de superpoderosos. Foi concebida para ser a PRIMEIRA história e foi apresentada a Bob Scheck que a recusou. Busiek e Ross queriam iniciar a série pela desconstrução dos super-heróis e mostrar a reconstrução aos poucos, mas todos os cenários e personagens eram inéditos.

    Scheck lembrou aos dois que nenhum leitor compraria uma trama similar a Watchmen com personagens totalmente inéditos em plenos anos 1990, mesmo depois do sucesso da dupla em Marvels e aproveitando parte da premissa. Novos heróis sombrios era uma premissa que tinha sido bem banalizada nos anos 1990.

    Assim, Busiek, Ross e Anderson se concentraram no presente de Astro City, quando a imagem dos heróis já havia sido reconstruída. Ao longo das histórias iniciais, pistas foram sendo dadas para que o leitor soubesse que algo muito grave aconteceu ao Agente de Prata e que isso começou um pouco antes da morte do herói e repercutiu muito tempo depois.

    A Era das Trevas é um chute no saco e um soco no estômago dos que subestimam os roteiros de Kurt Busiek. Ele consegue surpreender com o uso de velhos arquétipos e clichês virando-os do avesso. Aqui, fica claro de que Ross ouviu as ideias de Busiek até em relação a alguns visuais de personagens. Os idiotas que julgam obras pela capa se surpreendem com a parte da história que apresenta o personagem Hellhound (Cão do Inferno na tradução da Panini). Os leitores que respeitam Busiek ficam curiosos para saber o que o autor fará com aquele arquétipo manjado.

    A segunda consideração é, na verdade, um desabafo duplo: Astro City nunca foi vendida no Brasil da forma correta. Todos os editores enfatizaram suas promoções nas capas de Alex Ross, mas Alex Ross só é responsável pelas capas e pela concepção visual dos personagens que aparecem nas capas; é a maioria, mas não todos.

    Isso criou uma expectativa nos leitores brasileiros de que achariam as páginas pintadas de Ross no interior das edições, e isso não aconteceu. Apesar de Brant Anderson seguir os parâmetros estabelecidos por Ross e usar os mesmos modelos vivos deste, sim Alex Ross usa modelos vivos, ele é injustamente apedrejado pelos babacas que acham que são fãs de Alex Ross no Brasil. Quem acha que só pode gostar de uma editora, uma banda, um cantor, cantora etc. é um babaca desrespeitoso e ignorante que se envolverá em polarizações infrutíferas e idiotas na internet, não é fã de verdade, não é leitor de verdade.

    Antes de Astro City, Brant Anderson foi o responsável pela mais importante graphic novel dos X-Men, Deus Cria, o Homem Mata, escrita por Chris Claremont; publicada no Brasil tanto pela Abril quanto pela Panini. Anderson conhece e sabe usar anatomia, perspectiva, proporção e escala. Seu traço é impecável! Se você é um dos cretinos que fala mal de Brant Anderson só por ele não ser Alex Ross, mostre um desenho equivalente ou superior ao de Anderson. Somente desenhistas profissionais e tecnicamente superiores ao Anderson tem o direito de falar mal dele. Nos EUA, ele figura como um dos grandes, tão reconhecido quanto George Perez, Mike Grell, Frank Miller, Brian Bolland entre outros.

    Astro City é o universo de super-heróis criado por Kurt Busiek, que cria um novo universo para mostrar a evolução dos super-heróis, tudo o que eles podem ser e todos os públicos DIFERENTES que eles podem atingir. É uma série que NÃO merece ficar conhecida por ser a série em que Alex Ross só faz as capas. Respeitem os textos de Busiek e os desenhos de Anderson. Sem eles, todos os super-heróis correriam o risco de terem acabado nos famigerados anos 1990.

    Boas leituras! Você está deixando Astro City, dirija com cuidado!

    Rodrigo Rosas Campos

Contestando o Ditado #03

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