A história se passa no futuro, carros voam, o ambiente foi corrompido por uma poeira radioativa, quase todos os animais estão extintos e o valor de um animal vivo por menor que seja é exorbitantemente caro. A população humana está sendo aos poucos evacuada para as colônias em Marte.
Nesse contexto são produzidos os androides, mas ao contrário do que o nome sugere, eles não são máquinas mecatrônicas em forma humana e sim clones humanos modificados para serem escravizados nas colônias e servirem como soldados nas guerras. O tempo todo alguns destes androides se revoltam, matam seus senhores e fogem para a Terra, onde, ilegais, são caçados pela polícia e seus caçadores de recompensas.
Como pode ser visto, é praticamente o resumo do filme Blade Runner, mas as diferenças começam logo no início. Rick Deckard é casado, não é atlético nem galã como o ator de Han Solo e Indiana Jones. Quanto mais ele caça os androides, mais os admira e maior fica a empatia que sente por eles, empatia essa que pode ser fatal, uma vez que os androides querem ser livres, estão aprendendo a agir em equipe e dispostos a tudo para conquistar a liberdade, até a matar aqueles que os caçam.
Ir além daqui é dar spoiers. O livro é muito mais completo que o filme, mas não cairei no lugar-comum e repetir o mantra dos esnobes de que “o livro é sempre melhor que o filme.”. Nesse caso, o filme é tão bom quanto o livro apesar e por causa das diferenças. Enfim, se puder, leia o livro e assista ao filme. São duas experiências que se combinam maravilhosamente não importa a ordem. O preço do livro foi R$ 60,00 no estande da editora Aleph no evento Ler, Festival do Leitor 2022. Agora que livro está mais barato que cinema, leia mais livros e assista aos filmes se puder!
Boas Leituras,
Rodrigo Rosas Campos