quarta-feira, 8 de outubro de 2025

Rios por Rodrigo Rosas Campos

 Rios

Bebo suco de uva
Para matar a saudade de seus beijos.

Penso nela arrumando os cabelos
Pra eu despentear!

Penso nela passando o batom
Pro meu beijo borrar!

Quero mais de seu sorriso
Pra eu poder beijar.
Quero seu beijo em meu sorriso,
Um beijo na boca,
Molhado,
Com línguas
É um encontro de sorrisos
Rios.

Um beijo na boca
É um encontro de risos.

Um Beijo na boa
É um encontro de sorrisos.

Um beijo na boca
É um encontro de rios.

Um Beijo na boca
É um encontro de sorrisos risos rios.

E agora eu só quero me arrumar
Pra ela me desarrumar.

Rodrigo Rosas Campos

 

segunda-feira, 6 de outubro de 2025

Ternura por Rodrigo Rosas Campos

 Ternura


Ela é um anjo,
Com a sabedoria
De que prazer não é pecado.

Ela é um anjo,
Seu beijo ardente
É inocente
Pois o prazer não é pecado.

Abraça com ternura,
Rajada de beijinhos no coração,
Doce abelha rainha,
Sua carne salgada
Exala a pureza de um doce mel.

Ela é um anjo,
Se entrega sempre inocente,
Pois o prazer não é um pecado
E toda ternura é sempre decente.

Rodrigo Rosas Campos

Dedicado à Thaisa.


quarta-feira, 17 de setembro de 2025

[Resenha] Usagi Yojimbo Livro 6: Ciclos de Stan Sakai

    Usagi Yojimbo Livro 6: Ciclos de Stan Sakai, chega pela editora Hyperion Comics em formato original americano, miolo preto e branco, capa cartão, a R$ 64,90 (mais eventual frete e menos eventuais descontos). Bom, o coelho samurai dispensa apresentações, mas caso você ainda não o conheça, ele é criação do norte-americano descendente de japoneses, Stan Sakai, para homenagear a cultura de seus antepassados nos EUA. O traço realmente lembra o de mangá, mas a leitura é no sentido ocidental.

    Como em todas as edições anteriores, todas as histórias são fechadas. Mesmo quando personagens retornam de histórias anteriores, o(a) leitor(a) não precisa de conhecimento prévio para entender nenhuma história, uma aula de respeito para com o público. No volume 6, temos, na ordem das histórias: A Ponte, O Duelo, Yurei, A Filha do Meu Mestre e Ciclos.

    Em A Ponte, Usagi atravessa uma ponte considerada amaldiçoada pelos aldeões da aldeia em que visita. Haverá alguma consequência sobrenatural aguardando-o?

    Em O Duelo temos… um duelo, ora; título nada criativo, o final é triste, mas a história é boa.

    Em Yurei, Usagi encontra uma fantasma e se vê envolvido em uma triste história. Conseguirá ele resolver o problema que mantém essa triste mulher fantasma presa ao nosso mundo?

    Em A Filha do Meu Mestre, Usagi terá que salvar uma princesa das garras de um Oni, mas ele não está só.

    Em Ciclos, Usagi volta a sua aldeia na intenção de se aposentar como samurai de aluguel, reverá pessoas de seu passado, reencontrará seu grande amor, mas um terrível inimigo o aguarda nas sombras e grandes revelações o esperam. Revelações de verdade, não o spoiler do terrível inimigo que aparece na capa.

    Usagi Yojimbo é uma influência para todos os quadrinhos estadunidenses que vieram depois dele. Uma série verdadeiramente indicada para todas as idades, com muito bom humor, gargalhadas até e com várias camadas de compreensão e entendimento, para crianças de 12 (segundo a própria revista) a 120 anos (ou até bem mais). É simplesmente impecável! Vale VERDADEIRAMENTE cada centavo!

    Boas leituras,
    Rodrigo Rosas Campos

    P.S.: quero compartilhar minha experiência pessoal: comprei na pré-venda do próprio site da Hyperion Comics. Só recebi meu exemplar depois que chegou nas lojas físicas e na Amazon e depois de reclamar passando os recibos de pagamento no Instagram da editora. Paguei na pré-venda para receber antes e tive que reclamar para receber depois. Não recomendo comprar quadrinhos da Hyperion Comics pela pré-venda do site da Hyperion Comics nem pelo Catarse, que, por sinal, sempre se omite em caso de problemas. É melhor comprar gibis em suas livrarias ou gibiterias preferidas em lojas físicas ou virtuais depois que estes forem lançados de fato. Bom, essa foi a minha experiência.


    Agora sim, boas leituras e até breve!

    Rodrigo Rosas Campos

sexta-feira, 12 de setembro de 2025

[Resenha] Solitude de Paul R. Talbot


+18 com Alerta de Gatilhos!


    Pretensioso, mas com uma bela arte. Sim, apesar dos belos desenhos, o texto é pretensioso e dessa eu não consegui gostar. O autor é Paul R. Talbot, texto, desenhos e arte-final. Esqueceram de dizer para ele que citar Foucault numa história em quadrinhos não faz dele tão genial quanto Foucault, nem se torna filosófico apenas citando filósofos, mas pensando e se expressando originalmente ainda que a partir de uma origem anterior. Mas vamos a história ou seriam várias historietas com o mesmo tema?

    Lembrando que a minha opinião é só a minha opinião. Vai que você goste. Solitude não é exatamente sobre solidão, é sobre o medo da solidão e sobre o que levaria as pessoas a esta solidão aterradora. O autor parece simplesmente ignorar as pessoas que gostam de ser sós, sim, pessoas que gostam de solidão existem.

    Justiça seja feita, a solidão vivida em conjunto, as relações tóxicas, também são abordadas. Graficamente, todas as páginas são um primor em termos de desenhos, arte-final e narrativa gráfica. Mas o texto é de uma pretensão intelectual e poética enfadonhas. Como já disse, você pode julgar que são várias historietas, títulos específicos ao longo da revista mostram essa possibilidade, mas há um fio que une todas elas, que podem ser encaradas como uma história só.

    Ainda assim é um texto em que a poesia tentada se perde na arrogância. Em termos de imagens, vê-se um artista de talento em Paul R. Talbot, mas o texto é um amontoado de clichês com citação a Foucault. Quem, como eu, já leu Foucault, não aceita pastiches de Foucault. Desculpe. Enfim, este é um quadrinho que traduz (ainda que de forma clichê) o medo da solidão, seja ele subjetivo ou social, em horror gráfico, ou melhor, em metáforas gráficas.

    Como não consigo gostar de um quadrinho que me entrega uma experiência pela metade, não gostei. Sem o texto e com as páginas em painéis em uma exposição, talvez tivesse achado genial. Vale a pena experimentar? Pelos desenhos, sim. Se você tiver pouca bagagem em horror psicológico transformado em físico por ilustrações, também. Mas se você já está acostumado(a) com quadrinhos de horror e terror sobretudo os produzidos no Japão, os mangás, esta edição não acrescentará nada.

    Enfim, é uma boa porta de entrada para terror gore e psicológico, mas é um marasmo para quem vai pegar as referências com uma facilidade absurda. Solitude de Paul R. Talbot é publicada pelo selo Insânia da Ultimato do Bacon Editora. Capa cartão em cores com ilustração de Marcel Bartholo, formato americano, lombada canoa grampeada, miolo preto e branco, R$ 35,99 (mais eventual frete).

    Boas leituras!

    Rodrigo Rosas Campos

quinta-feira, 11 de setembro de 2025

[Resenha] Os Excêntricos Bukarat de Drigo – Simplesmente Brilhante


+18 com Alerta Para Gatilhos!


    Nada é mais genial do que um básico bem executado e a história em quadrinhos Os Excêntricos Bukarat é simplesmente genial! O que pode ser mais assustador do que as expectativas de uma família para com seus filhos? Segundo a história de Os Excêntricos Bukarat de Adriana Avelino, a Drigo, texto, desenhos e arte-final, nada.

    Os Bukarat são uma típica família monstro de quadrinhos. Vlad é um vampiro, ele é casado com Euríale, uma górgona, ou medusa, para simplificar. O casal tem duas filhas, Rebela, uma fantasma e Drika, cuja monstruosidade não é aparente. Rebela é casada com Jupyte´rik, um extraterrestre, e tem uma filha Gaba, uma criança fantasma que o alienígena adotou como filha.

    As reviravoltas da história começam quando a Lua cheia anuncia o que deveria ser a primeira noite de Drika assombrando a cidade em baixo da mansão que fica no topo de uma montanha. Acontece que as filhas do casal e o genro fazem análise com o doutor Pompeu, um analista que se especializou em monstros e que enxerga a humanidade em cada um deles.

    Vlad quer que Drika assombre os normais da cidade, mas ela tem outra vocação. Por ser um forasteiro, mais do que um visitante de outro planeta, Jupyte´rik sente o preconceito de todos, inclusive do sogro, e pensa em voltar para seu planeta. Rebela preferiu ser mãe a ser uma maldição. O que fará o enfurecido Vlad que queria ver suas filhas perpetuarem a vilania sobrenatural dos Bukarat?

    Drigo, a autora, nos apresenta uma história maravilhosa que, no combinar de desenhos e textos, mostra uma história acontecendo em várias camadas, de verdade, essa é uma história em várias camadas. A parte mais assustadora é o que completamos e supomos depois da leitura e revendo as imagens.

    Na superfície, é uma típica briga de família em que os familiares são seres sobrenaturais, mas não se iluda, mágoas bem humanas e realistas transbordam nas páginas. Inclusive, a história tem camadas que só adultos deveriam entender. Tanto que, por via das dúvidas, coloquei que é para maiores de 18 e com alerta de gatilhos.

    O universo que a autora cria também é um elemento a parte. A descrição de onde os personagens vivem e o consultório de Pompeu mostram que os Bukarat não são os únicos monstros a habitarem aquele mundo e que todos os monstros, na verdade, são humanos e que a recíproca é verdadeira. Uma excelente história em quadrinhos, uma excelente história de terror e horror e uma edição excelente para colecionar ou para presentear.

    Os Excêntricos Bukarat de Drigo é uma história simples, brilhante e que sugere muita coisa à quem tem olhos atentos aos detalhes e ouvidos atentos para escutar as palavras escritas. Publicada pelo selo Insânia da Ultimato do Bacon Editora. Capa cartão em cores com ilustração de Marcel Bartholo, formato americano, lombada canoa grampeada, miolo preto e branco, R$ 35,99 (mais eventual frete).

    Boas leituras e bons sonhos! Hahahahaha!

    Rodrigo Rosas Campos

Rios por Rodrigo Rosas Campos

 Rios Bebo suco de uva Para matar a saudade de seus beijos. Penso nela arrumando os cabelos Pra eu despentear! Penso nela passando o batom P...