No
livro Kamaleon, Camila B. Monteiro pinta um mundo paralelo ao nosso,
onde os personagens, lampys, trocam suas cores e as do mundo ao redor
de acordo com o estado emocional e a maturidade: uma brilhante
metáfora sobre as mudanças da vida e do humor das pessoas em
relação a essas mudanças.
A
história foca num ritual de passagem, onde todos os jovens lutam
para serem o escolhido (ou a escolhida) que fixará as novas cores
predominantes da nova era de Kamaleon. Esse torneio, na verdade, é
decidido pelos conselheiros que acompanham de perto a vida dos
participantes e elegem o eleito por votação.
Em
meio a tudo isso, Lilly Prans é eleita a nova escolhida por sua
capacidade além do normal de colorir o mundo ao redor. O que ela não
sabe é que sua vida está ligada a segredos envolvendo o passado
obscuro de Kamaleon e que a missão que a aguarda é bem maior do que
simplesmente definir as novas cores predominantes de seu mundo.
Questões
psicológicas, morais, éticas são abordadas num contexto leve de
pura fantasia e magia em um novo universo dentro de um multiverso da
melhor tradição da ficção científica inglesa com o tempero de
nossa atual linguagem jovem. Tudo isso são só algumas das muitas
referências que um leitor experiente consegue identificar em apenas
128 páginas.
Camila
B. Monteiro traça um mosaico aquarelado harmônico e divertido. É
como estar dentro de um caleidoscópio ou de um fractal. Sem dúvida
um livro que será distinto para cada leitor, agradando a cada um de
maneira diversa. Crianças se sentirão dentro de um jogo de Tetris.
Leitores mais cinzas verão que a leveza do texto apresenta temas
importantes e fundamentais para que as crianças possam entender e
começar a refletir. É sem dúvida, uma bela história sobre perdão
e redenção.
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