sexta-feira, 10 de abril de 2015

[Resenha] Kamaleon: Um Mundo de Cores Kamaleônicas


Rodrigo Rosas Campos

No livro Kamaleon, Camila B. Monteiro pinta um mundo paralelo ao nosso, onde os personagens, lampys, trocam suas cores e as do mundo ao redor de acordo com o estado emocional e a maturidade: uma brilhante metáfora sobre as mudanças da vida e do humor das pessoas em relação a essas mudanças.
 
A história foca num ritual de passagem, onde todos os jovens lutam para serem o escolhido (ou a escolhida) que fixará as novas cores predominantes da nova era de Kamaleon. Esse torneio, na verdade, é decidido pelos conselheiros que acompanham de perto a vida dos participantes e elegem o eleito por votação.
 
Em meio a tudo isso, Lilly Prans é eleita a nova escolhida por sua capacidade além do normal de colorir o mundo ao redor. O que ela não sabe é que sua vida está ligada a segredos envolvendo o passado obscuro de Kamaleon e que a missão que a aguarda é bem maior do que simplesmente definir as novas cores predominantes de seu mundo.
Questões psicológicas, morais, éticas são abordadas num contexto leve de pura fantasia e magia em um novo universo dentro de um multiverso da melhor tradição da ficção científica inglesa com o tempero de nossa atual linguagem jovem. Tudo isso são só algumas das muitas referências que um leitor experiente consegue identificar em apenas 128 páginas.
 
Camila B. Monteiro traça um mosaico aquarelado harmônico e divertido. É como estar dentro de um caleidoscópio ou de um fractal. Sem dúvida um livro que será distinto para cada leitor, agradando a cada um de maneira diversa. Crianças se sentirão dentro de um jogo de Tetris. Leitores mais cinzas verão que a leveza do texto apresenta temas importantes e fundamentais para que as crianças possam entender e começar a refletir. É sem dúvida, uma bela história sobre perdão e redenção.

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