Rodrigo Rosas Campos
Sempre Lembrando
O livro como um todo é desaconselhável para menores de 18 anos.
Há uma versão digital de Mulheres Perigosas, a menos que você queira muito o físico por este ou aquele conto, ou que você seja um colecionador de tudo o que se refere a Crônicas de Gelo e Fogo, vale mais a pena comprar o e-pub.
Mulheres Perigosas é um livro de contos de vários autores, organizado e editado por George R. R. Martin e Gardner Dozois. Foi publicado no Brasil pela Leya/Omelete, em 2017 com 736 páginas, 21 histórias, 21 autores. Cada conto é uma história diferente. Esqueça as donzelas em perigo, todos trazem mulheres como protagonistas fortes e ativas.
Os contos não são resenhados na ordem em que aparecem, mas na ordem que eu for lendo; o livro tem uma introdução geral e uma pequena biografia por autor antes dos respectivos contos. Todos os textos foram publicados originalmente nos EUA em 2013.
O Primeiro Conto de Hoje: Sombras Nas Florestas do Inferno
Sombras Nas Florestas do Inferno, escrito por Brandon Sanderson, é o décimo conto do livro.
Um famoso caçador de recompensas, Raposa Branca, é tema de altas conversas em uma taverna. Quem é a mulher perigosa dessa história? Farei silêncio, os spoilers começam logo nas primeiras páginas. E como são instigantes essas primeiras páginas e as seguintes. Se você gosta de reviravoltas, esta história está recheada delas.
Um cenário de fantasia medieval trabalhado no clima político corrupto brasileiro onde ninguém é tão inofensivo quanto parece. Cada página, uma surpresa e a vontade de ir para a próxima. Enfim, paro por aqui.
O Segundo Conto de Hoje: Vizinhos
Vizinhos, escrito por Megan Lindholm, é o oitavo conto do livro.
O início é engasgado. Muito texto para poucos acontecimentos. Uma senhora testemunha o desaparecimento de uma velha amiga, em vez de chamar a polícia, chamou o filho. O fato é que depois do desaparecimento, ela vê uma estranha neblina, pessoas estranhas e estranhos acontecimentos. Será que ela enlouqueceu? Será algo sobrenatural? Será que ela enlouqueceu e também testemunha o sobrenatural?
Na melhor tradição de Edgar Allan Poe, Lindholm põe em cheque a sanidade da protagonista para deixar o leitor decidir o que acha. O diferencial dela é colocar páginas desnecessárias para contar uma história que se torna mais previsível, exatamente por ter páginas demais. As ideias são interessantes, não que sejam novas, mas é mal escrito e previsível. Não gostei. É uma das histórias culpadas por eu ter demorado a ler o livro, ritmo arrastado com personagens redundantes e constantes reafirmações desnecessárias da opinião da autora que já era clara, não precisava repetir e repetir. Vizinhos é uma daquelas histórias que parecem feitas para virar filme, há muita gente que gosta, bem verdade.
Boas leituras e até a volta!
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