domingo, 28 de fevereiro de 2021

[Matéria] Tormenta 20 - Dado dos 20 Com Um d20 Simples e Regra Alternativa Para o Dado dos 20


Rodrigo Rosas Campos


Contém spoilers para quem não leu Tormenta 20!


    Quando participei da campanha de Tormenta 20 no Catarse, tudo o que eu queria originalmente era a edição definitiva de Holy Avenger e, pesquisando os preços, percebi que com a recompensa Plebeu mais o add-on Holy Avenger mais o frete ficaria mais barato do que comprar os volumes separados. Aí veio a pandemia e tudo ainda ficou mais atrasado.


    Só que a Jambô lançou a campanha Tormenta 20 pré-venda e foi aí que encomendei o livro Tormenta 20 simples impresso, não lembro o nome desse pacote. É claro que não ganhei o dado dos 20, mas ganhei três marcadores e um deles (imagem ao lado) veio com a regra do dado dos 20. Ora, eu tenho a regra, tenho um d20 simples, por que não atribuir um deus a cada número? Foi o que eu fiz.


    Na enquete da campanha original, o dado de 20 faces exclusivo teve o olho da Tormenta no 20, logo Aharadak será associado ao 20, eu basicamente inverti a ordem dos deuses da tabela na página 97 do livro para determinar os outros números de 1 até 19. Desse modo, a Tabela Dados dos 20 com um d20 Simples ficou assim.

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    Mas antes de prosseguir, quem não tiver o marcador com as regras do dado dos 20 ficará boiando. Logo, ponho a imagem do texto do marcador aqui em baixo e depois farei minhas considerações.

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    A regra acima é boa e pode ser usada exatamente como está. O dado é tão poderoso que é capaz de fazer Thwor ajudar até a um elfo contra um bugbear. Mas se você, mestre quiser ir além, algumas coisas podem ser acrescentadas. Vejamos:


    Como é um item mágico muito roubado, o mestre deve guardá-lo para o meio de uma campanha ou aventura. O grupo terá que penar para encontrar o lendário dado dos 20. Neste sentido, seria irônico se, na busca pelo artefato, o grupo quase morresse numa masmorra sem tesouros, para depois receber o mesmo de um camponês grato por ser salvo de um bando de assaltantes comuns.


    Ele deve ser único no universo da mesa. “Mas já foram encontrados em diferentes materiais.”. Calma. Ele, o único dado dos 20, assume a forma do material mais querido pelo personagem jogador que o achou e o olhou primeiro. Para evitar a perda do dado por glutões, o dado nunca se parecerá com nada comestível.


    Outro detalhe a ser lembrado, é que ele se mantém atualizado em relação ao Panteão. Logo, o mestre deve estar preparado com uma tabela em branco para preenchê-la futuramente. O Panteão mudará no futuro, pode ter certeza.


Para quando o panteão mudar de novo é só preencher novamente.

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Mestre, procure manter os não caídos nos mesmos lugares (números) da tabela anterior para a sua própria organização futura.


    Mas a mudança mais significativa que faço nessa regra é por lembrar que alguns deuses não gostam de algumas raças e algumas raças não gostam de alguns deuses, isso para ser bem bonzinho.


    Quase nenhum personagem jogador, mesmo entre os lefou, curte muito Aharadak. Logo, quem tirar 20 poderá: usar um poder de Aharadak, ou escolher entre 19 e 1, ou seja, Allihanna ou Winna. Se o(a) jogador(a) permanecer com Aharadak, ele(a) passará a ser tentado(a) pela Tormenta, principalmente se for um(a) lefou, hahahahahaha!


    Outro detalhe importante é a relação dos elfos com os goblinoides. Ou seja, se um(a) elfo(a) tirar 4, Thwor, ou ele(a) escolhe 3 ou 5, Thyatis ou Tenebra.


    Valkaria tem preferência por humanos, personagens não humanos podem ser levemente penalizados por tirarem Valkaria com gasto de 1 ou mais PMs ou escolher entre 1 e 3, Winna ou Thyatis.


    Thwor pode se recusar a ajudar não goblinoides, logo, o personagem jogador que não for um goblinoide deverá escolher entre Thyatis e Tenebra, 3 ou 5. Certamente Thwor não ajudaria elfos e humanos puristas, fora estes casos, o mestre pode decidir se Thwor ajudará ou não um não goblinoide de acordo com o contexto da aventura ou campanha específica. Agora, se qualquer personagem estiver disposto a ajudar um goblinoide por qualquer motivo, Thwor não negará ajuda nem mesmo a um elfo ou a um humano.


    Tanna-Toh não recusaria conhecimento a ninguém.

    Sszzaas é o deus da traição e pode trair até os próprios cultistas, logo, ele está liberado a todos.

    Oceano pode julgar o(a) personagem jogador(a) do povo seco de acordo com a atuação dele(a) nos rios e mares. Assim, um pescador predatório, um poluidor dos mares, etc., não só não terá a bênção de Oceano como ainda será punido pelo mesmo e não poderá escolher outro deus.


    Megalokk e Kallyandranoch também podem julgar os personagens que não forem monstros ou dragões. Mas eles tenderiam a cobrar 1 ou mais PMs por esta ajuda, mesmo ajudando na maioria das vezes.


    Os demais não mencionados estariam sempre dispostos a receber novos adeptos ou ao menos simpatizantes.


    O(a) mestre(a) pode decidir que o jogador fica em dívida para com o deus rolado no dado. Isso evitaria que o grupo usasse o dado de forma leviana para resolver tudo.


    Note que estas últimas mudanças, que lembram a incompatibilidade de algumas raças com alguns deuses, podem ser aplicadas ao dado dos 20 original. Mas aí ficam preponderantes os nomes dos deuses e não os lados em que suas representações gráficas (seus ícones, seus símbolos) estão no dado físico.


    Nem preciso dizer que outros usos para o dado dos 20 podem ser criados em cada mesa usando a regra de ouro. Bom, estas são minhas regras opcionais para uma regra opcional.

Boas leituras, bons jogos, boas rolagens e até breve!

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